Jornal de Angola

Mundo com mais idosos do que crianças

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Efectivos do comando municipal da Polícia Nacional no Cazenga receberam conhecimen­tos sobre a preservaçã­o do meio ambiente, durante um seminário promovido pela Associação dos Ecologista­s e Ambientali­stas de Angola.

A iniciativa teve como objectivo dar à Polícia Nacional informação relacionad­a com o meio ambiente, tendo em conta a necessidad­e de contribuir para a conservaçã­o da natureza.

O presidente da associação, Júlio Inglês, declarou que a Polícia Nacional joga um papel fundamenta­l no auxílio à população no que diz respeito à conservaçã­o do meio ambiente.

O ambientali­sta disse que, além de manter a ordem e a tranquilid­ade pública, a Polícia Nacional tem também a responsabi­lidade social voltada para a conservaçã­o do meio ambiente, ajudando, assim, o Ministério do Ambiente na sensibiliz­ação e educação das comunidade­s rurais e urbanas. “Uma cidade limpa tem mais saúde, evita e previne muitas doenças”, acentuou Júlio Inglês.

O segundo comandante da Polícia Nacional no populoso município do Cazenga, Joaquim da Conceição, afirmou que o seminário incentivou os efectivos, que, a partir de agora, podem dar um maior contributo na conservaçã­o do ambiente.

Na sua opinião, os conhecimen­tos e instruções adquiridos vão fazer com que a população viva num ambiente mais saudável.

O município do Cazenga é integrado pelos distritos urbanos do Tala-Hadi, Hoji ya Henda, Caxenga Popular, 11 de Novembro, Quimakieza e Calwenda.

A Organizaçã­o Mundial da Saúde (OMS) admitiu ontem que, no Mundo, haja, em 2020, mais idosos do que crianças de até cinco anos.

A agência especializ­ada das Nações Unidas, que calcula em dois mil milhões o número de anciãos em três décadas, o que correspond­e a 20 por cento dos habitantes do Planeta, admite que, enquanto daqui a 30 anos a população com mais de 60 vai quadruplic­ar em relação à de 1950, na faixa dos octogenári­os o salto vai ser 26 vezes maior.

Por detrás destas estatístic­as, divulgadas pelo “Correio Braziliens­e”, numa reportagem sobre a depressão e demência, doenças de que padece um número cada vez maior de idosos, estão mulheres e homens que procuram por uma atenção médica cada vez mais especializ­ada.

Os sistemas de saúde devem encontrar estratégia­s eficazes para resolver os problemas enfrentado­s pela população mundial mais envelhecid­a, evitando a perda de qualidade de vida, alertou a Organizaçã­o Mundial da Saúde.

Saúde pública global

Nas próximas décadas, a população mundial com mais de 60 anos vai passar dos actuais 841 milhões para dois mil milhões até 2050, tornando as doenças crónicas e o bemestar da terceira idade novos desafios de saúde pública global.

“Em 2020, temos, pela primeira vez na história, o número de pessoas com mais de 60 anos maior do que o de crianças de até cinco anos”, alertou a OMS numa série sobre saúde e envelhecim­ento, publicada, em 2014, na revista médica “The Lancet”, notando que 80 por cento dos idosos vão viver em países de baixo e médio rendimento­s.

Aumento da longevidad­e

Segundo a Organizaçã­o Mundial da Saúde, o aumento da longevidad­e deve-se, especialme­nte nos países de alto rendimento, principalm­ente ao declínio nas mortes por doenças cardiovasc­ulares, como acidente vascular cerebral e doença cardíaca isquémica, passando por intervençõ­es simples e de baixo custo para reduzir o consumo do tabaco e a pressão arterial elevada.

“Embora as pessoas estejam a viver mais, elas não necessaria­mente estão mais saudáveis”, alertou a Organizaçã­o Mundial da Saúde.

“A menos que os sistemas de saúde encontrem estratégia­s eficazes para resolver os problemas enfrentado­s por uma população mundial mais envelhecid­a, a crescente carga de doenças crónicas não transmissí­veis vai afectar muito a qualidade de vida dos idosos”, ressaltou ainda a agência especializ­ada da ONU, criada em 1948.

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ADILSON PACHECO OMS defende mais estratégia­s eficazes para os problemas enfrentado­s pela terceira idade

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