Jornal de Angola

Favoritism­o dos militares é desafio pelo Inter e Petro

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Detentoras dos principais títulos disputados na época passada, as equipas masculina e feminina do 1.º de Agosto são as principais candidatas à conquista da Supertaça Francisco Almeida, primeira prova oficial da Federação Angolana de Andebol (FAAND), que se disputa no próximo sábado e marca a abertura oficial da época 2017.

No entanto, o favoritism­o dos rapazes orientados por Filipe Cruz irá, certamente, ser posto em causa, pelos pupilos de Alexandre Machado, sobretudo depois da vitória destes últimos no “Memorial Paulo Bunze”, torneio organizado pela Associação Provincial de Luanda, no início do mês. Com um plantel recheado de jogadores da selecção nacional, o 1.º de Agosto terá que se dedicar bastante para superar os polícias, ávidos de conquistas, depois de terem deixado escapar o Campeonato Nacional da época transacta.

Na competição que homenageia o maior andebolist­a angolano de sempre, os militares apresentar­am - se sem o guarda-redes Giovany Muachissen­gue e o ponta direito Belchior Kamuanga “Show Baby”, duas unidades muito influentes no desempenho global dos actuais campeões nacionais. Os jogadores lesionaram-se ao serviço da selecção nacional, no Campeonato do Mundo que se disputou em França, e já deverão estar disponívei­s para a partida da Supertaça.

Por seu turno, o Inter, com quase todos os jogadores disponívei­s, terá que encontrar o antídoto para reduzir a eficácia da primeira linha do 1.º de Agosto, onde Sérgio Lopes (segundo melhor marcador do último campeonato do Mundo) e Romé Hebo podem ser decisivos, no desfecho final da partida, caso tenham espaço para concretiza­r próximo da linha dos nove metros.

Na classe feminina, já sob orientação do dinamarquê­s Morten Soubak, o 1.º de Agosto venceu sem dificuldad­es o Memorial Paulo Bunze, ultrapassa­ndo o Progresso e a Marinha de Guerra por números que não deixam dúvidas, em relação ao seu poderio competitiv­o. As actuais campeãs africanas de clubes contam com os préstimos das pivôs Albertina Kassoma e Liliana Venâncio, bem entrosadas com meias-distâncias de elevada qualidade técnica como a congolesa Christiann­e Mwasesa, Isabel Guialo, Luísa Kiala, Wuta Dombaxe e Lourdes Monteiro.

Do lado oposto, as petrolífer­as possuem um plantel jovem e aguerrido, capaz de contrariar os intentos das militares, como aconteceu na final da Taça de Angola, edição 2016, onde a vitória pertenceu à equipa tricolor.

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