Infanta Cristina absolvida de escândalo de corrupção
A infanta Cristina, irmã do rei Felipe VI, de Espanha, foi ontem absolvida enquanto o seu marido, Iñaki Urdangarin, foi condenado a seis anos e três meses de prisão por um caso de corrupção.
A infanta foi sentenciada, no entanto, a pagar com Urdangarin 265 mil euros (cerca de 282 mil dólares) na qualidade de co-responsável civil a título lucrativo.
As sentenças, anunciadas pela Audiência de Palma de Mallorca (Ilhas Baleares) que os julgou com outras 15 pessoas por desvio de fundos públicos, entre outros crimes, podem ser apeladas ao Tribunal Supremo.
A primeira reacção chegou da própria Casa Real, cujo porta-voz expressou o “respeito absoluto à independência do Poder Judiciário.”
O advogado da infanta Cristina, Miquel Roca, afirmou que a irmã do rei “recebeu com satisfação” a decisão da audiência de absolvê-la, embora tenha mostrado seu “desgosto” com a condenação do marido, porque “continua a acreditar na sua inocência.”
O principal acusado no caso, Diego Torres, ex-sócio de Iñaki Urdangarin, foi condenado a oito anos e meio de prisão por cinco crimes de corrupção. O tribunal de Palma de Mallorca condena o cunhado do rei Felipe por enriquecimento com fundos públicos, através da trama corrupta de contratação organizada pelo Instituto Nóos, a associação sem fins lucrativos de que presidia.
O juiz anti-corrupção das Ilhas Baleares, Pedro Horrach, anunciou após conhecer a decisão do chamado “Caso Nóos”, que vai avaliar “quase de forma imediata” se pede a prisão de Iñaki Urdangarin e de Diego Torres.