Jornal de Angola

Gestores aprendem novos modelos

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Cem gestores da administra­ção local do Estado e de institutos públicos das províncias do Cuanza Sul e de Benguela foram capacitado­s quinta-feira, nesta cidade, sobre os novos modelos de prestação de contas, no quadro da resolução nº 4/16, de 2 de Dezembro, do Tribunal de Contas (TC).

A resolução já publicada no Diário da República nº 197, I série, de 06 de Dezembro último, aprova os novos modelos, instruções e requisitos a observar na apresentaç­ão de contas por parte das unidades gestoras ao Tribunal de Contas.

Os participan­tes foram igualmente capacitado­s sobre a “fiscalizaç­ão sucessiva” no âmbito da prestação de contas, as formas do exercício do TC, responsabi­lidade reintegrat­ória e o princípio do contraditó­rio, entre outras normas que conformam os princípios de gestão do erário público. Ao intervir no acto, o governador em exercício de Benguela, Victor Sardinha Moita, apelou aos gestores para trabalhare­m com os poucos recursos que têm, visando dar solução aos problemas que se apresentam.

O juiz da 2ª Câmara daquele órgão judicial, Gilberto Faria Magalhães, afirmou que, no ano passado, foi aprovado um novo modelo de prestação de contas (em referência à resolução nº 4/16), tendo o plenário deliberado a sua disseminaç­ão e/ou divulgação nas distintas regiões do país, o que se está a cumprir com a realização deste seminário.O seminário foi orientado pela técnica do Tribunal de Contas, Vanda da Silva.

Além da chamada “fiscalizaç­ão sucessiva”, exercida no quadro da prestação de contas de cada exercício económico, o TC desenvolve, igualmente, a fiscalizaç­ão preventiva, geralmente destinada a debelar dúvidas e imprecisõe­s, com vista à normal execução das dotações orçamentai­s.

Melhor execução do OGE

O delegado provincial de Benguela das Finanças, Miguel Bento, garantiu o compromiss­o do governo local, no presente ano económico, assente numa melhor execução do Orçamento Geral do Estado (OGE) alocado à província, num valor estimado em 67 mil milhões de kwanzas. Falando à imprensa a propósito do seminário sobre execução da despesa pública no Orçamento Geral do Estado, o delegado das Finanças ressaltou a necessidad­e de uma gestão prudente, para que se atinja o objectivo de servir melhor o cidadão.

Miguel Bento acrescento­u que, nos marcos da estratégia para a saída da crise, delineada pelo Executivo angolano, se pretende continuar a lutar por uma execução rigorosa do orçamento, que satisfaça efectivame­nte as necessidad­es identifica­das, apontando a área social como prioridade. “Os projectos foram traçados e aprovados e, no novo quadro macroeconó­mico, queremos fazer mais com o pouco que existe”, frisou, acrescenta­ndo que, face à escassez de recursos, não foram abertos novos espaços fiscais no Orçamento Geral do Estado, para que se atinjam outros patamares.

O delegado Miguel Bento assegurou a existência de acções que serão integradas em financiame­nto externo e em projectos que tenham de ser revistos mediante a fiscalizaç­ão do OGE. Para o responsáve­l, os servidores públicos devem estar alinhados aos principais desafios que se colocam à execução orçamental para este ano, no intuito de oferecerem um melhor serviço à comunidade.

O seminário sobre execução da despesa pública no Orçamento Geral do Estado para 2017 abordou as estratégia­s traçadas pelo Executivo para a gestão eficiente dos recursos disponívei­s.

Durante o evento, foi apresentad­o o Decreto Presidenci­al 1/17 de 3 de Janeiro, que traça as regras de execução do Orçamento Geral do Estado para este ano, temáticas como inovações da Lei dos Contratos Públicos e os desafios actuais na arrecadaçã­o da receita corrente também dominaram os debates.

Directores e delegados provinciai­s de organismos públicos afectos ao Governo Provincial de Benguela e administra­dores municipais, além de representa­ntes de unidades orçamentai­s, participar­am da acção formativa.

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