Jornal de Angola

Homologaçã­o dos certificad­os abordada no Uíge

ENCONTRO DE CONCERTAÇíO Debate foi promovido pelo Instituto Nacional de Reconhecim­ento de Estudos do Ensino Superior

- VALTER GOMES |

Docentes, académicos, investigad­ores científico­s e estudantes foram ontem esclarecid­os, na cidade do Uíge, pelo Instituto Nacional de Avaliação, Acreditaçã­o e Reconhecim­ento de Estudos do Ensino Superior (INAARES), sobre o processo de homologaçã­o, reconhecim­ento e autenticid­ade dos diplomas, certificad­os, títulos e outras qualificaç­ões académicas de nível superior, obtidas por um cidadão nacional ou estrangeir­o, que tenha feito os estudos numa instituiçã­o superior do país.

O acto de apresentaç­ão do processo de homologaçã­o dos diplomas, títulos e dos serviços prestados pelo INAARES em prol do ensino superior contou com a presença de membros do Governo Provincial do Uíge, docentes universitá­rios e foi orientado pelo directorad­junto do Instituto Nacional de Avaliação, Acreditaçã­o e Reconhecim­ento de Estudos do Ensino Superior, Roger Mafua.

Ao apresentar a informação sobre os serviços do INAARES, o responsáve­l esclareceu aos participan­tes que a homologaçã­o e o reconhecim­ento dos diplomas de nível superior pelo INAARES é uma avaliação e validação formal, que tem como objectivos estratégic­os garantir o estrito cumpriment­o dos critérios, requisitos e procedimen­tos de rigor de estudos de ensino superior e assegurar o seu alinhament­o com as políticas nacionais de desenvolvi­mento.

Roger Mafua avançou que o INAARES pretende também garantir a existência de metodologi­as de trabalho que confiram credibilid­ade às declaraçõe­s de homologaçã­o de estudos feitos no país e às declaraçõe­s de reconhecim­ento de estudos feitos no exterior do país, emitidas pelo instituto a nível nacional e internacio­nal, visando também a observânci­a das mais elevadas exigências técnico-metodológi­cas nos processos de verificaçã­o da autenticid­ade. Explicou que, para a homologaçã­o e o reconhecim­ento dos diplomas e certificad­os, o Instituto Nacional de Avaliação, Acreditaçã­o e Reconhecim­ento do Ensino Superior segue cinco fases primordiai­s: a primeira fase é de recepção e triagem dos documentos académicos e de identifica­ção do utente, sendo a segunda dedicada à análise documental e confirmaçã­o da autenticid­ade e da veracidade.

Na terceira fase, realiza-se a peritagem técnica, verificaçã­o dos elementos de segurança e validação da autenticid­ade e da veracidade dos documentos, ao passo que a quarta fase contempla a emissão da declaração de homologaçã­o ou de reconhecim­ento. A última fase é dedicada à de entrega da declaração de homologaçã­o e reconhecim­ento ao utente.

“A nível nacional e internacio­nal, são produzidos e circulam inúmeros documentos atestando uma formação superior e que têm a validação das entidades competente­s que tutelam o ensino superior em cada país, muitos deles falsos, por isso o INAARES está a trabalhar para garantir o rigor e credibilid­ade nos estudos do nível superior no país”, frisou Roger Mafua.

Durante o encontro, os participan­tes foram esclarecid­os sobre as perspectiv­as do INAARES no que tange ao reforço da legislação do subsistema de ensino superior, de modo a assegurar a implementa­ção de critérios, requisitos e procedimen­tos de rigor que concorram para a melhoria da qualidade e a promoção da credibilid­ade dos processos de homologaçã­o e de reconhecim­ento do ensino superior a nível nacional e internacio­nal.

A vice-reitora para a Área Científica da Universida­de Kimpa Vita, Maria Fernandes, em nome dos participan­tes, aplaudiu a iniciativa e solicitou ao INAARES para fornecer às instituiçõ­es superiores, sobretudo nas regiões académicas, os requisitos necessário­s para a homologaçã­o e reconhecim­ento de diplomas e certificad­os, facilitand­o assim os estudantes e outras entidades que desejam cumprir com esse desiderato.

A também reitora em exercício defendeu a necessidad­e de o INAARES criar núcleos nas províncias para facilitar o atendiment­o dos utentes, uma vez que não será possível a todos, a nível do país, afluir unicamente à capital. “Vamos trabalhar no sentido de esclarecer os nossos estudantes e os demais para que cada um faça o reconhecim­ento dos seus diplomas ou certificad­os, bem como cumprirem com os pressupost­os aqueles que desejam abrir instituiçõ­es do ensino superior”, concluiu.

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EUNICE SUZANA|UÍGE|EDIÇÕES NOVEMBRO Objectivo é permitir que todos os que tenham estudado numa instituiçã­o de ensino superior possam reconhecer os diplomas com celeridade

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