Pais com dificuldades para adquirir material
Pais e encarregados de educação da província de Cabinda continuam a ter dificuldades para adquirir material escolar, devido aos preços altos praticados, principalmente no mercado informal.
A reportagem do Jornal de Angola, que efectuou uma ronda nos postos de venda de material escolar, constatou que uma embalagem de seis cadernos custa entre dois mil e três mil kwanzas e uma caixa de esferográficas está orçada em dois mil.
Em relação aos livros, os vendedores disseram à nossa reportagem que os preços dos mesmos variam de acordo à classe.
O preço dos livros da iniciação até à 5ª classe oscila entre 3.000 e 3.500 kwanzas e os da 6ª à 9ª classes são comercializados de 4.000 a 5 mil kwanzas.
Fernando Sita, que é vendedor de material escolar há mais de 14 anos no mercado de São Pedro, disse ao Jornal de Angola que a subida dos preços deve-se à actual situação económica que o país vive.
Explicou que este ano as vendas baixaram consideravelmente devido ao fraco poder de compra dos pais e encarregados de educação, como consequência do despedimento de muitos deles que funcionavam em empresas petrolíferas.
Fernando Sita disse ainda que o encarecimento do material escolar se deve também a questões de transportação, já que o mesmo é adquirido na capital do país.
Explicou que o material adquirido em Luanda é transportado em camiões para a vila do Soyo, província do Zaire, e daí, através de chatas, chegam a Cabinda, com custos elevados, o que obriga o revendedor a praticar preços altos para compensar os gastos.
O secretário provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, Ernesto Barros André, garantiu que a instituição que dirige dispõe de material escolar suficiente para ser distribuído aos alunos e professores dos quatros municípios da província de Cabinda.
Assegurou que, em breve, será distribuído o referido material, dependendo tão somente da recepção do plano estatístico inicial, solicitado às direcções das escolas.
“Recebemos manuais e outros instrumentos de avaliação para serem distribuídos aos alunos de forma gratuita, porquanto o Estado angolano garante a gratuidade do ensino aos cidadãos.
Apesar disso, os pais devem comparticipar na formação dos filhos, na aquisição de outros materiais indispensáveis à sua formação, como cadernos, lapiseiras, entre outros”.