Consulado de Wenger está a cair de maduro
O longo “consulado” de Arsène Wenger no Arsenal, que dura duas décadas, está a cair de maduro. Cada vez mais contestado pelo facto de o avultado investimento não ter correspondência na conquista de títulos, o francês mantém o tabu em relação à continuidade. O contrato termina a 30 de Junho, mas ele tem há muito em cima da mesa uma proposta de renovação por duas épocas. Um convite que pode ter sofrido forte machadada após a humilhação, por derrota (5-1) com o Bayern de Munique.
O treinador sente dificuldades em explicar como é que um investimento de 808 milhões de euros em reforços, desde que “aterrou” no Arsenal, só redundou na conquista de 15 troféus. Não vence a Premier League desde 2003/04, preparando-se para sair pela porta das traseiras nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões pelo 7.º ano consecutivo.
A lista de detractores vai crescendo, contemplando notáveis e anónimos. Os adeptos dos “gunners” estão cansados dos insucessos do treinador, que aufere 9,3 milhões de euros por ano, pedindo a sua cabeça através do Twitter.
Tem sido enorme o número de adeptos a tentar vender bilhetes para o jogo com o Bayern de Munique. O futuro do treinador passa por esse jogo e pelo percurso na Premier League, onde segue no 4.º posto. Quem o assume é Arsène Wenger, que tenciona tomar uma decisão em meados de Março ou Abril.
O português Leonardo Jardim faz parte, segundo a imprensa inglesa, de uma pequena lista de potenciais candidatos à sucessão de Arsène Wenger. O rol é ainda composto por Massimiliano Allegri (Juventus), Roger Schmidt (Leverkusen) e Thomas Tuchel (Dortmund).
O tema tem sido escrutinado pelas casas de apostas, sendo Massimilano Allegri considerado o favorito. O lote é bem alargado, contemplando Thomas Tuchel, Eddie Howe (Bournemouth), Joachim Löw (Alemanha), Ralph Hasenhuttl (RB Leipzig), Patrick Vieira (New York City), Roberto Martínez (Bélgica), Ronald Koeman (Everton), Roy Hodgson (desempregado) e Dennis Bergkamp (treinador de avançados do Ajax).