Jornal de Angola

Ofensiva do exército iraquiano para voltar a libertar a cidade

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A Polícia iraquiana recuperou uma estação de electricid­ade no sudoeste da cidade de Mossul, onde as tropas iraquianas lançaram no domingo a ofensiva para libertar a região das mãos do Estado Islâmico (EI).

O comandante da Polícia Federal, Raid Shaker Yaudat, disse que as suas forças conseguira­m tomar o controlo da central de Al Lazaka, próxima do rio Tigre.

Yaudat também afirmou que os aviões sem piloto da Polícia estão a registar as posições do EI para destruí-las, dentro dos primeiros passos da nova ofensiva contra os jihadistas.

O comandante das operações na província de Ninawa, Nayem Abdallah al Jabouri, disse que a artilharia da Polícia Federal e da Nona Brigada de Blindados começaram a atacar o quartel de Al Gazalani, que é uma sede militar do grupo jihadista.

Os aviões de guerra da força aérea iraquiana e da coligação internacio­nal bombardear­am posições dos terrorista­s, cobrindo assim as tropas terrestres que avançam no terreno, numa altura em que o Estado Islâmico está cada vez mais cercado. As forças iraquianas insistiram na proximidad­e do começo da terceira fase da Batalha de Mossul, depois do Exército conseguir, em Janeiro, expulsar o Estado Islâmico dos bairros do leste da cidade, dividida em dois pelo rio Tigre.

Ataques suicidas

Pelo menos três civis morreram e outros 12 ficaram feridos ontem em dois ataques realizados por dois suicidas do Estado Islâmico (EI) no leste de Mossul, que coincidira­m com a nova ofensiva das forças iraquianas.

No primeiro ataque, perto de um restaurant­e no bairro de Al Zuhur, um civil morreu e outros sete ficaram feridos, informou Mazen al Ahmadi, porta-voz da polícia da província de Ninawa, cuja capital é Mossul.

O segundo atentado, ocorrido junto a um mercado no bairro de Nabi Yunis, provocou a morte de dois civis e ferimentos em outros cinco, alguns deles com gravidade.

Al Ahmadi explicou que o Estado Islâmico tenta com estes ataques distrair as forças iraquianas, que começaram a ofensiva para libertar os bairros ocidentais da cidade, e baixar o moral dos soldados.

O primeiro-ministro e chefe das forças armadas iraquianas, Haider al Abadi, anunciou ontem o início da terceira fase da batalha de Mossul para libertar o oeste da cidade do jugo do EI, cujos bairros orientais foram libertados no último mês de Janeiro.

Apesar da libertação, estes bairros foram alvo de ataques dos jihadistas, que nos últimos dias deixaram vários mortos e feridos. No início desta nova ofensiva, as forças iraquianas conseguira­m arrebatar cinco localidade­s do EI ao sul e sudoeste de Mossul, além da estação eléctrica no sudoeste da cidade.

O comando das forças iraquianas garantiu que a presença das unidades tácticas ofereceu uma dinâmica às operações, o que permitiu criar maior dificuldad­es aos grupos terrorista­s. Raid Shaker Yaudat, o comandante da Polícia Federal, afirmou que o desdobrame­nto de forças aponta para uma solução rápida, contando que na região da fronteira os grupos terrorista­s estão quase sem abastecime­nto logístico e militar. As operações aéreas da coligação internacio­nal retiram de combate as baterias do Estado Islâmico em várias zonas da província de Mossul. Os ataques são cirúrgicos, segundo o comandante da Polícia Federal, que está encarregad­o de cuidar das áreas libertadas.

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