Banco público retoma o crédito
Critérios mais rígidos impõem uma maior responsabilização aos tomadores
O Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição financeira de capitais públicos, retoma em breve a concessão de créditos a empresas e particulares, anunciou o presidente da comissão executiva da instituição, Zinho Baptista, domingo, em Paris. Zinho Baptista acrescentou que o BPC vai adoptar regras de controlo mais rígidas no processo de concessão de crédito tanto a pessoas colectivas como a singulares e a adopção de regras de controlo impondo uma maior responsabilização aos tomadores de crédito, para que o utilizem de forma correcta.
O Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição financeira de capitais públicos, retoma em breve a concessão de créditos a empresas e particulares, anunciou o presidente da comissão executiva da instituição, Zinho Baptista, domingo, em Paris.
Zinho Baptista acrescentou que o BPC vai adoptar regras de controlo mais rígidas no processo de concessão de crédito tanto a pessoas colectivas como a singulares e a adopção de regras de controlo impondo uma maior responsabilização aos tomadores de créditos, para que o utilizem de uma forma correcta.
O administrador do BPC, que na capital francesa fez parte de uma delegação chefiada pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, adiantou que mal o trabalho fique concluído “daremos a conhecer os critérios que o BPC desenhou para que os cidadãos e as empresas ocorram ao crédito bancário.”
O BPC, o maior banco comercial de Angola, vai ter o seu capital social aumentado através da entrada de 67.500 milhões de kwanzas (405 milhões de dólares) em dinheiro fresco a ser obtido através da emissão de Obrigações do Tesouro (OT).
O BPC anunciou em meados de 2015 a suspensão da concessão de crédito à economia, tendo sido na altura apresentadas como razões a redução de recursos devido à baixa do preço do petróleo no mercado internacional. Naquele período, o Estado passou a arrecadar menos receitas com a venda do petróleo e, por via disso, poucos fundos passaram a estar disponíveis no BPC, maior operador do Estado, para emprestar às empresas e famílias e que apresenta a mais elevada taxa de crédito malparado (23 por cento) ou vencido a mais de 90 dias do sistema financeiro angolano.
“Um banco comercial existe para conceder crédito, se fica sem conceder crédito então não existe”, ressaltou o gestor quando falava à imprensa, após encontro com parceiros e bancos correspondentes franceses.
Restruturação do BPC
A grande preocupação com a reestruturação do banco versa sobre a adequação da sua conduta às regras internacionais de boas práticas de gestão corporativa, com destaque para as questões ligadas ao compliance ou normas de conformidade.
“É preciso passar a ideia que em Angola também se cumprem regras. Viemos a França para transmitir essa mensagem”, declarou Zinho Baptista.
Realçou que a cultura do uso do dinheiro (cédulas) tem que ser reduzida e aos poucos abandonada. O gestor do BPC, no cargo há sete meses, disse que dos bancos franceses receberam o conselho de que é urgente evoluir para a banca digital e electrónica, a fim de permitir monitorizar as operações dos clientes.
“Isso não significa cortar a liberdade dos clientes no uso dos seus bens, disse, sublinhando que esse processo regula a utilização desses bens para que não potencie o pagamento de operações suspeitas e que configurem lavagem de dinheiro ou potenciem o apoio ao terrorismo. O BPC tem como accionistas o Ministério das Finanças, em representação do Estado angolano, a Caixa de Segurança Social das Forças Armadas Angolanas e o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS).