Bié e Malanje apostados no processamento de mel
O sector da agricultura na província do Bié vai apostar ainda este ano na formação dos associados das duzentas cooperativas de apicultores na região, visando assegurar a produção de mel, no quadro das estratégias que favoreçam a diversificação da economia local.
O director da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Marcolino Rocha Sandemba, em declarações à Angop, ontem, disse que os apicultores serão seleccionados nos municípios do Cuito, Cuemba, Camacupa, Chitembo, Andulo e Nhârea.
A iniciativa permitirá que os apicultores estejam aperfeiçoados sobre as técnicas de produção de mel e manuseamento dos equipamentos modernos adquiridos pelo governo da província do Bié.
Por exemplo, acrescentou, os materiais tradicionais em posse dos apicultores têm capacidade de produzir apenas seis quilogramas de mel durante uma época, ao passo que o equipamento moderno produz 60 quilogramas por época.
A província do Bié, oitava maior de Angola, situa-se no centro do país, com uma superfície de 70.314 quilómetros quadrados, uma população estimada em 1,4 milhões de habitantes, distribuídos em nove municípios. O sector da agricultura tem mais de cinco mil apicultores tradicionais.
Com 4 mil apicultores e uma produção anual de 600 litros de mel, o município de Quirima, na vizinha província de Malanje, pretende trabalhar na produção, processamento e comercialização do mel em grande escala ao nível da região, com vista a atrair investidores nacionais e estrangeiros e contribuir na arrecadação de mais receitas para os cofres do Estado.
Segundo o administrador de Quirima, Alberto Bayeta, o plano de acção do governo provincial, recentemente aprovado, prevê a reactivação das colmeias, no quadro do programa municipal integrado de desenvolvimento rural e de combate à pobreza.
De acordo com o responsável, o município detém potencialidades para desenvolver a apicultura e vai procurar potenciar os apicultores com equipamentos modernos.
Adiantou que estão em curso negociações com alguns fornecedores para que os apicultores possam ter acesso aos equipamentos, o que para além de elevar a qualidade e produção do mel, vai permitir dar mais competitividade ao mercado nacional e estrangeiro.