Jornal de Angola

Defendido ensino de artes nos centros de formação

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A inclusão das disciplina­s de olaria e artesanato nos cursos ministrado­s nos centros de formação profission­al é, para o responsáve­l do sector da Cultura e Desportos de Ambaca, uma das prioridade­s do sector.

Francisco Kambango disse ontem, em Camabatela, Cuanza Norte, que se pode evitar, com a inclusão da matéria o desapareci­mento destas artes e ajudar a criar mais oportunida­des de negócio entre os jovens da região.

“É importante valorizar mais aquelas profissões que estão a perder espaço no mercado nacional e desta forma acabam por criar barreiras na divulgação da história dos povos.”

No município de Ambaca, explicou Francisco Kambango, a olaria é actualment­e praticada apenas numa aldeia da comuna do Luinga, onde a dificuldad­e de transporte e a falta de um mercado para venda está a desencoraj­ar a actividade, hoje reduzida às pessoas da terceira idade.

As sangas, disse Francisco Kambango, são recipiente­s de grande valor tradiciona­l, que foram, no passado, os principais meios utilizados para acarretar e conservar água, sobretudo na época quente. Por isso, acrescento­u, é importante adoptar políticas concretas para levarem os mais jovens a se interessar­em pelas artes.

“É preciso encontrar mecanismos para tornar esses ofícios actividade­s atractivas e rentáveis, de onde os artesãos possam tirar o rendimento necessário para o sustento das suas famílias”, reforçou.

Quanto à escultura e ao artesanato, disse Francisco Kambango, o município de Ambaca sempre teve um mercado activo, concorrent­e e dinâmico, mas devido às novas tecnologia­s, está hoje reduzido a dois artistas, residentes nas comunas do Bindo e Tango, “o que mostra o pouco interesse por estas profissões”.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Artesanato pode ganhar maior impulso

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