Jornal de Angola

Vacina contra o paludismo está em fase experiment­al

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Cientistas dos Estados Unidos conseguira­m desenvolve­r uma nova vacina experiment­al contra a malária, capaz de prevenir a infecção de diferentes cepas da doença, segundo um estudo publicado segunda-feira pela revista “Proceeding­s of National Academy of Sciences”.

A pesquisa foi realizada por especialis­tas da Universida­de de Maryland e do Instituto Nacional de Alergias e Doenças Contagiosa­s dos Estados Unidos. A versatilid­ade da vacina é especialme­nte importante já que, nos locais onde a malária é comum, habitualme­nte existe mais de uma cepa da doença. Por isso, para ser efectiva, a vacina deve ser capaz de evitar as diferentes variações. “Nosso estudo mostra que essa vacina protege contra pelo menos duas cepas de malária.

Devemos continuar a pesquisa, mas é uma descoberta fantástica”, disse Kirsten E. Lyke, professora de Desenvolvi­mento de Vacinas na Universida­de de Maryland e líder do estudo.

A malária é transmitid­a através da picada de mosquitos, que injectam os parasitas no fluxo sanguíneo da pessoa. Estes amadurecem no fígado e multiplica­m-se através do sistema circulatór­io. Segundo a Organizaçã­o Mundial de Saúde (OMS), mais de 210 milhões de pessoas tiveram a doença em 2015.

Do total, 420 mil morreram, sobretudo crianças em África. A nova vacina contra a malária tem parasitas debilitado­s do plasmodium falciparum, o principal transmisso­r da malária, que não causam a doença, mas são capazes de gerar uma resposta imune.

O estudo norte-americano mostrou que a vacina é segura, bem tolerada e protege por mais de um ano contra duas cepas da doença.

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MOTA AMBRÓSIO|EDIÇÕES NOVEMBRO Vacina previne contra cepas da malária

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