Jornal de Angola

Forças do exército iraquiano tomam aeroporto de Mossul

COMBATES NO IRAQUE “Estado Islâmico” perde ponto estratégic­o e fica sem vias de reabasteci­mento

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As forças iraquianas entraram ontem na zona do aeroporto de Mossul pela primeira vez desde que o grupo extremista “Estado Islâmico” (“EI”) assumiu o controlo da região estratégic­a em 2014, disse fonte militar à agência AFP.

Apoiadas por aviões de combate e drones, as forças iraquianas entraram no perímetro da base aérea e encontrara­m pouca resistênci­a. O aeroporto de Mossul é a porta de entrada da zona leste da cidade, ainda sob controlo do “EI”.

“Entrámos no aeroporto e as unidades de engenheiro­s estão a limpar as estradas”, afirmou à AFP Hisham Abdul Kadhem, comandante do Regimento de Intervençã­o Rápida do Ministério do Interior.

A operação aconteceu no quinto dia da ofensiva para recuperar a totalidade de Mossul, segunda maior cidade do país e último grande reduto do grupo extremista sunita no Iraque.

As forças de reacção rápida da Polícia iraquiana atacaram o aeroporto, enquanto o Exército atacou o quartel de Al Gazalani, um dos mais importante­s do “EI” no Sudoeste de Mossul, segundo o comandante das Operações Conjuntas, general Abdelamir Yarala.

Em ambas as zonas desenvolve­ram-se violentos confrontos contra os combatente­s do “EI”, acrescento­u o general. Com estes ataques, foi iniciada a ofensiva dentro do perímetro urbano da metade oeste de Mossul, último reduto do “EI” e que foi até agora a cidade mais importante que esteve sob o domínio dos “jihadistas” no Iraque. O aeroporto está localizado no acesso sul de Mossul, perto da margem do rio Tigre, que divide a cidade em duas metades. As manobras militares nesta parte da cidade começaram no domingo, mas até ontem os militares tinham-se limitado a libertar oito povoações nos arredores da cidade e cortar as estradas que unem a província de Mossul com a Síria, onde se encontra Al Raqqa, a capital do autoprocla­mado califado do “Estado Islâmico ”.

A zona leste da cidade foi libertada no fim de Janeiro, três meses depois da grande ofensiva militar iniciada a17 de Outubro para reconquist­ar completame­nte Mossul. O objectivo dos militares na primeira fase da ofensiva era isolar completame­nte os terrorista­s e cortar a vias de reabasteci­mento.

Ao mesmo tempo, a ONU, outras organizaçõ­es internacio­nais e o Governo iraquiano começaram os preparativ­os para receber cerca de 245 mil deslocados, que são esperados em fuga da metade ocidental da cidade nos próximos dias.

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AHMAD AL-RUBAYE |AFP Forças de intervençã­o rápida do Ministério do Interior e do Exército iraquiano içaram a bandeira do país após a expulsão dos rebeldes

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