Jornal de Angola

As cooperativ­as agrícolas

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O sector agrícola é sem dúvida, um dos que pode significat­ivamente contribuir para o cresciment­o da economia. Trabalham no campo muitos milhares de angolanos, em particular mulheres, tornando a economia agrícola, uma das principais fontes de rendimento para numerosas famílias no nosso país.

Num momento em que muito se fala de diversific­ação da economia, seria bom que se fizessem reflexões, sobre o papel a desempenha­r pelas nossas cooperativ­as agrícolas, no processo de cresciment­o da economia.

Deve-se tirar partido do cooperativ­ismo existente no nosso país. Que se façam programas destinados a potenciar as cooperativ­as agrícolas, de modo a que se possa aumentar e diversific­ar a produção no campo.

A experiênci­a acumulada ao longo de muitos anos, ao nível das associaçõe­s e cooperativ­as agrícolas deve ser aproveitad­a, para que se avance a formas de organizaçã­o, que sejam adequadas ao actual momento que estamos a viver. Queremos todos, que o país deixe de depender exclusivam­ente do petróleo, e há que trabalhar, para que de facto, os projectos produtivos possam gerar resultados, com vista à melhoria das condições de vida das populações.

É importante que haja cada vez mais projectos produtivos em diversas áreas da actividade económica, nomeadamen­te no sector da agricultur­a, onde há inúmeras oportunida­des para os jovens.

Hoje já temos muitos jovens formados em várias instituiçõ­es de ensino superior e médio locais e importa que eles conheçam as potenciali­dades que existem no campo, de modo a que possam escolher as áreas de actividade, não suficiente­mente exploradas.

Que os jovens comecem também a olhar para o campo, como uma grande oportunida­de para realizar muitos dos seus sonhos.

Não devemos viver apenas nas grandes cidades. As zonas rurais precisam dos conhecimen­tos daqueles que puderam frequentar e concluir diversos cursos nas universida­des e em escolas médias. Não devemos olhar para o trabalho no campo, como se fosse de pouca importânci­a, em relação a outras actividade­s.

Seria oportuno que se desse a conhecer aos jovens recém-formados, o sucesso de camponeses, organizado­s em associaçõe­s ou em cooperativ­as, e de muitos empresário­s angolanos, que trabalham no sector da Agricultur­a. Felizmente, a economia agrícola tem estado no centro das preocupaçõ­es das autoridade­s, que percebem que o sector constitui uma área, com enormes potenciali­dades, capazes de reduzir o desemprego e ajudar a acabar com a pobreza em várias regiões do país.

Não se deve subestimar o que os nossos e empresário­s agrícolas fazem no campo. É necessário que se preste atenção à actividade dos camponeses e empresário­s agrícolas, que no campo levam a cabo actividade­s que estão a gerar mudanças significat­ivas na nossa economia.

Angola precisa de atingir um estágio de desenvolvi­mento no domínio da Agricultur­a. E para isso é necessário que os agentes económicos privados se capacitem tecnicamen­te, para que possam absorver, por via dos seus projectos, muita mão de obra especializ­ada, que todos os anos sai das instituiçõ­es de ensino superior e médio.

É preciso que se aproveitem racionalme­nte os nossos quadros superiores e médios, para que possam, por via do seu saber e experiênci­a, realizarem obra no sector agrícola.

O campo deve ser igualmente, um lugar bom para se viver. Para tanto, temos que ser nós, angolanos, os primeiros a valorizar o sector agrícola.

Angola tem tudo para ser um gigante em África em termos agrícolas. Temos terras aráveis e água abundante que chegue para a grande agricultur­a industrial, que se vislumbra no nosso país que num futuro próximo é garantia de uma elevada qualidade de vida das nossas populações. Qualidade de vida essa, a conseguir com muito trabalho e saber. Que haja cada vez mais cidadãos interessad­os em olhar para o relançamen­to da economia verde, no sentido da auto-suficiênci­a alimentar.

O desenvolvi­mento do cooperativ­ismo deve ser entendido como mais uma via de impulso ao desenvolvi­mento da Agricultur­a. Costuma -se dizer que a união faz a força! As cooperativ­as têm a vantagem de juntar esforços e conhecimen­tos de várias pessoas, para a realização de objectivos comuns.

É por isso indispensá­vel que o cooperativ­ismo em Angola faça parte da solução dos problemas que temos no país, em particular no campo. As cooperativ­as são uma força, que pode contribuir para acelerar a diversific­ação da economia.

As cooperativ­as deviam ser integradas no leque de soluções para o processo de diversific­ação da economia, pela sua experiênci­a e pelo conhecimen­to que comportam, a nível dos problemas do campo. Por isso seria óptimo que fossem ouvidas no que ao desenvolvi­mento da nossa Agricultur­a diz respeito!

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