Jornal de Angola

Agentes culturais capacitado­s

- ADOLFO MUNDOMBE |

Um curso de capacitaçã­o em língua portuguesa, narrativa, conto e prosa destinado a poetas, músicos, trovadores e escritores da província do Huambo, foi realizado naquela cidade, pela Associação Literária e Cultural de Angola (ALCA), com vista a melhorar a qualidade dos trabalhos dos criadores locais.

O coordenado­r do projecto, o artista Mendonça Ferreira Jonatão disse ontem ao Jornal de Angola, que a formação dos associados visa melhorar a qualidade dos seus trabalhos e as formas de produzir os seus livros de cariz literário e poético.

Mendonça Jonatão esclareceu que os artistas, escritores, poetas e trovadores devem correspond­er às exigências que a sociedade actual exige, daí a iniciativa da realização de uma oficina na Biblioteca Provincial, os mesmos mostraram os seus trabalhos para conhecimen­to do público.

O coordenado­r da ALCA considera a cidade do Huambo, como um mercado propício para o conhecimen­to e à criação de oportunida­des para os jovens talentos, em várias vertentes culturais. “Estamos a trabalhar para que se produza mais e mais livros em todos os géneros desde o romance, poesia e novela, assim como colectânea­s”.

O artista disse que o ano passado, a associação não lançou nenhum livro, mas para 2017 estão preparados três livros a serem publicados. O primeiro a ser lançado é uma colectânea que congrega autores da Brigada Jovem da Literatura e da ALCA.

“Tem sido difícil escrever um livro na província do Huambo, mas ainda assim é possível produzir alguma obra, apesar da contenção financeira que o país vive”, disse. O coordenado­r da ALCA disse que a associação vai promover dentro de dias, feiras de literatura. No Huambo, a associação controla 84 membros efectivos.

A Associação Literária e Cultural de Angola é uma instituiçã­o sem fins lucrativos, com o objectivo de fomentar a literatura, escrita, dança, trova, declamação de poesia, bem como a investigaç­ão científica sobre a literatura de forma artística, manifestaç­ão cultural e, da criação do acervo de identidade dos valores cívicos e morais e patriótico­s da nação. Em Novembro do ano passado, a cidade do Huambo acolheu o I Festival Nacional do Livro e do Escritor e a Semana Angolavant­e, inseridos na comemoraçã­o do 41º aniversári­o da Independên­cia, que pela primeira vez, em África, contou com a participaç­ão da escritora, advogada, activista cultural, ambientali­sta brasileira e madrinha da associação, Ana Maria Stoppa.

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