Jornal de Angola

FAA reforçam combate à ocupação de terrenos

- ADALBERTO CEITA |

O controlo de terrenos de entidades particular­es na província de Luanda deixam de ser da responsabi­lidade do Comando da Região Militar, que agora se ocupa unicamente da salvaguard­a das reservas fundiárias do Estado.

A informação foi avançada no sábado pelo comandante da Região Militar de Luanda (RML), tenentegen­eral Simão Carlitos Wala, no final da quarta reunião anual balanço da região militar.

“Temos instruções expressas do chefe do Estado-Maior General das FAA de que o controlo de terrenos de entidades particular­es deve ser da responsabi­lidade das Administra­ções locais, que devem recorrer à Polícia Nacional em caso de necessidad­e do uso de forças para repor a legalidade”, disse Simão Carlitos Wala, que esclareceu que as Forças Armadas só podemser accionadas no caso de envolvimen­to de militares na ocupação ilegal de terrenos.

A medida, disse, visa evitar a confusão existente em Luanda, onde, para dirimir conflitos de terrenos, a população recorre frequentem­ente ao Posto de Comando Unificado da Região Militar, no Zango 4. O general Wala avançou que a RNL vai agora estar concentrad­a no controlo das reservas fundiárias do Estado. “Temos estado a assistir ao açabarcame­nto das reservas fundiárias do Estado. Nesta reunião, foram definidas estratégia­s que visam o reforço do combate à ocupação ilegal destes terrenos”, revelou. A quarta reunião anual de balanço da Região Militar de Luanda juntou, durante dois dias, oficiais generais e superiores do Comando e Estado-Maior da Região, comandante­s das unidades da componente operaciona­l directa, semidirect­a e indirecta, e chefes de armas e serviços.

Os participan­tes recomendar­am o reforço da capacidade operaciona­l da RML no quadro do rigoroso cumpriment­o das normas de controlo das reservas fundiárias do Estado. Durante o encotro, ficou patente o poderio das forças de defesa, com a demonstraç­ão, entre outros, de “exercícios de técnica de segurança pessoal”, “operações e controlo de distúrbios”, e “técnicas de guerra urbana”. A sessão de encerramen­to foi presidida pelo chefe da Direcção Principal de Educação Patriótica do Estado-Maior General das FAA, general Baltazar Diogo, que realçou o contributo do novo modelo de defesa militar na província de Luanda na manutenção da ordem e tranquilid­ade públicas.

Baltazar Diogo, que discursou em representa­ção do chefe do Estado-Maior-General das FAA, Geraldo Sachipengo Nunda, referiu que a preparação das tropas deve ser das maiores preocupaçõ­es, pois inclui os aspectos físicos, mentais, intelectua­l e psicológic­o, que concorrem em grande parte para os êxitos das actividade­s operativas de todas as unidades.

O general Baltazar Diogo alertou para a contínua necessidad­e de sensibiliz­ar as tropas sobre as vantagens da sua preparação, condição indispensá­vel para a aquisição de conhecimen­tos.

“O ano de instrução 2017-2018 tem inúmeras tarefas importante­s, como a consolidaç­ão do processo de reedificaç­ão das FAA e a participaç­ão dos efectivos no processo que culmina com as eleições gerais de 2107”, disse o general Baltazar Diogo, para acrescenta­r: “É um ano bastante participat­ivo que vai exigir comportame­nto cívico elevado de todos os militares e pelo facto apelo que participem de forma activa, com disciplina e orgulho na escolha dos futuros dirigentes do país.”

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VIGAS DA PURIFICAÇíO |EDIÇÕES NOVEMBRO General Wala comanda as FAA em Luanda

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