Prorrogada missão das Nações Unidas
GUINÉ BISSAU Conselho de Segurança pede a guineenses aposta firme na reconciliação
O Conselho de Segurança das Nações Unidas prorrogou a sua missão na Guiné-Bissau (UNIOGBIS) por mais um ano, anunciou o escritório guineense da ONU.
A tomada de decisão acabou por representar uma formalidade, dado que todos os meios e operações estão no terreno sem alterações, pois a prorrogação já era assumida como um dado adquirido, tal como tem acontecido nos anos anteriores.
O mandato foi renovado numa reunião realizada na quinta-feira em Nova Iorque, sendo que o novo período de acção terá início no dia 1 de Março de 2017 e irá até 28 de Fevereiro de 2018.
No final do encontro, o Conselho de Segurança manifestou-se preocupado com a crise política na Guiné-Bissau e instou as partes interessadas “a respeitar e cumprir rigorosamente o Acordo de Conacri e o roteiro da CEDEAO”.
A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) patrocinou um acordo entre dirigentes políticos de Bissau, assinado em Outubro de 2016, na Guiné Conacri, mas que teve diferentes interpretações e não chegou a ser aplicado.
O Parlamento continua bloqueado e depois de o Presidente da República, José Mário Vaz, ter demitido o Governo em Agosto de 2015, já deu posse a outros quatro executivos, mas ainda nenhum conseguiu fazer aprovar um programa ou orçamento de Estado. Os 15 membros do Conselho de Segurança congratularam-se com o anúncio de “uma missão de alto nível que deverá chegar ao país sob a orientação da CEDEAO, como parte de um acompanhamento para a implementação do Acordo”. O Conselho de Segurança aponta como prioridades da UNIOGBIS impulsionar o diálogo político inclusivo, a reconciliação nacional, a revisão da Constituição, a reforma do sector da segurança nacional e do Estado de direito, bem como o desenvolvimento de sistemas de justiça civis e militares compatíveis com as normas internacionais.
Foi ainda dado um voto de confiança à força policial e militar de estabilização, ECOMIB, composta por países oeste africanos, sendo solicitado à CEDEAO que mantenha esta força em funções para lá de 30 de Junho, data prevista de desmobilização.