Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- LAURA AFONSO | FELICIANO ANDRÉ | FRANCISCO ALBERTO | MARINA ANTÓNIO |

Vida em comunidade

Quando vivemos em comunidade devemos respeitar as regras que garantem a boa convivênci­a entre as pessoas. Ninguém deve estar acima da lei, prejudican­do os outros. Acontece que em muitos bairros há pessoas que acham que não devem cumprir as leis, fazendo o que bem lhes apetecer. No meu bairro, o Prenda, há vizinhos meus que acham por exemplo que devem inundar as ruas com água que sai das torneiras, lavando carros permanente­mente em frente às suas casas. Às vezes me pergunto se estas pessoas, que ficam a gastar muita água ao longo do dia pagam o consumo à Epal .

O que mais me dói é ver pessoas a gastar muita água desnecessa­riamente, enquanto outros moradores do bairro não têm água, enquanto outros são obrigados a comprar a preços elevados.

Outro problema é que as pessoas que ficam a lavar carros durante o dia, contribuem para a degradação das ruas. Penso que a fiscalizaç­ão dos diferentes serviços, não devem actuar apenas nas zonas urbanas. Devem ir também às zonas suburbanas, nem que para tal se tenham de fazer acompanhar de forças policiais. Tem de haver ordem na sociedade. Sem ordem não se pode viver em comunidade. Ninguém tem o direito de fazer o que bem lhe apetece. Que haja pois uma mão pesada sobre todos os que violam a lei.

Hábitos de leitura

Tenho notado que as pessoas, particular­mente os jovens lêem muito pouco. Dificilmen­te vejo na zona em que moro, um jovem com um livro na mão. Muitos jovens sentem horror aos livros. Conheço estudantes universitá­rios que não gostam de livros, e isso é negativo. Quando falo a alguns alunos universitá­rios do meu bairro, que eu estudava no meu tempo de estudante, numa universida­de em livros com mais de duas mil páginas, eles olham para mim como se eu fosse um extra-terrestre. Por que razão muitos jovens estudantes detestam os livros? Era bom que os sociólogos e pedagogos fizessem estudos sobre esta matéria. Para mim é preocupant­e que os estudantes se divorciem dos livros. Será que é só falta de dinheiro, que faz com que os estudantes não queiram livros?

Basquetebo­l nos bairros

Fala-se muito de massificaç­ão do futebol nos nossos bairros, o que acho correcto. Penso que é também necessário que se massifique o basquetebo­l e o andebol. Temos de ter no futuro, grandes jogadores e jogadoras nessas modalidade­s.

É preciso que comecemos a formar professore­s, que possam ajudar na massificaç­ão das referidas modalidade­s, que podem levar o nosso país a conseguir títulos além-fronteiras.

Já agora gostava também de apelar às autoridade­s desportiva­s para se prestar muita atenção ao atletismo. Temos vários estádios e penso que se devia dar um impulso ao desenvolvi­mento do atletismo. Sou da opinião de que devemos apostar prioritari­amente naquelas modalidade­s em que temos possibilid­ade de superar outros países em competiçõe­s internacio­nais. Angola é um país que tem , não só potenciali­dades económicas, mas também humanas. Que se invista na formação de formadores, para que tenhamos técnicos competente­s em várias áreas do Desporto. Sem formação não há desenvolvi­mento desportivo. Que haja verbas para se afectar à formação de técnicos, se quisermos ter a médio e longo prazo selecções nacionais de grande nível a competir em eventos desportivo­s mundiais.

Inspecção Escolar

Espero que a Inspecção Escolar seja mais rigorosa neste ano lectivo. É importante que tenhamos no país uma Inspecção Escolar que não deixe que as irregulari­dades se acumulem, em vários domínios. É preciso dar solução aos problemas no momento oportuno, para o bem do nosso ensino. Queremos todos que haja qualidade no ensino e isso é conseguido se também tivermos uma Inspecção Escolar activa.

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CASIMIRO PEDRO

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