Thabo Mbeki condena violência na África do Sul
O antigo Presidente sul-africano Thabo Mbeki criticou, na segundafeira, a nova onda de xenofobia que afecta algumas partes de Joanesburgo e de Pretória, na África do Sul, e pediu calma.
Mbeki, investido como novo reitor da Universidade da África do Sul (UNISA), a maior universidade de África, exprimiu a sua profunda preocupação depois da manifestação anti-imigração que ocorreu em Pretória na sexta-feira.
“Os que organizam e participam nestes ataques, que devem cessar, devem saber que não há nada absolutamente de revolucionário, progressista ou patriótico, aceitável ou que ajude o povo, e que na verdade são actividades criminosas”, afirmou.
O antigo Chefe de Estado declarou que os sul-africanos nunca deveriam esquecer-se do papel desempenhado por outros países africanos na luta para a sua libertação.
“Não podemos agora tratar os africanos que são actualmente residentes no país como inimigos ou hóspedes indesejáveis”, prosseguiu.
A primeira grande onda de violência xenófoba ocorreu durante o governo de Mbeki, em 2008. Pelo menos 67 pessoas foram mortas em actos de violência contra os imigrantes e milhares de pessoas fugiram para os campos de refugiados. A Polícia fez uma busca, na segunda-feira, contra cidadãos estrangeiros e sulafricanos no quadro de uma operação anti-crime, em Joanesburgo, depois da pilhagem de lojas e casas, no dia anterior. O Presidente Jacob Zuma já tinha condenado os confrontos entre sul-africanos e imigrantes e afirmou que vai lutar contra a criminalidade para promover comunidades seguras e estáveis no país.