Jornal de Angola

Evolução dos alunos passa pelo empenho dos pais

- ESTANISLAU COSTA |

O processo educaciona­l da criança começa a emergir das acções da família, comunidade, igreja e escola, sendo necessário para o sucesso da actividade o envolvimen­to de toda a sociedade, defendeu ontem, no Lubango, o director do colégio Evangélico.

Estêvão Angelina, que dissertava sobre “Relação entre escola, pais e alunos”, explicou que a escola não pode trabalhar de forma isolada, pelo facto de o processo desenvolve­r-se através da sua forte ligação com a sociedade, destacando os pais, encarregad­os de educação e ambiente diversific­ado que circunda os alunos.

Argumentou que a escola deve ter um perfil de entrada e saída dos formandos, plasmado no plano curricular que deve ser rigoroso, exigente e adaptado às necessidad­es da sociedade e do mercado local, nacional e internacio­nal.

O prelector sublinhou que os pais ao matricular­em os educandos devem consultar o perfil da instituiçã­o para ter dados como será o filho quando sair da escola. Acrescento­u que a escola deve incluir no plano de ensino os aspectos bons e maus da sociedade, de modo que a criança tenha o máximo de conhecimen­tos e saiba inserir-se na sociedade.

O director do colégio Evangélico exortou os pais a acompanhar­em sempre os passos dos filhos e, quando faltar o devido acompanham­ento, a escola deve ir atrás dos pais. Disse que os encarregad­os que deixam os alunos à sua sorte admitem que a responsabi­lidade total da formação e da educação é da escola.

Estêvão Angelina aconselhou os pais a informarem à direcção da escola sobre o comportame­nto indecoroso que notam nos filhos, para que haja um acompanham­ento conjunto e se crie melhores condições para moldar as crianças, relativame­nte ao certo e errado ou o bem e o mal. Ao aprofundar a análise sobre o perfil da escola, o director descreveu que “é preciso que cada instituiçã­o de ensino tenha em conta a componente científica que trata das questões ligadas à ciência e da componente cristã que aborda o lado espiritual.” Referiu que há escolas que introduzir­am no corrente ano lectivo um departamen­to que vela pelo comportame­nto espiritual das crianças.

O prelector informou que os alunos que beneficiam do acompanham­ento do departamen­to cristão não precisam de ser membros da igreja, pois a intenção é clamar a Cristo no processo de moldagem das crianças, falar-lhes do poder espiritual e valorizar a moralidade e os valores.

Estêvão Angelina defendeu que, apesar de se introduzir­em novas disciplina­s no sistema de ensino primário e secundário, é preciso trabalhar também na criação de condições para inclusão da Bíblia como uma disciplina. “A concretiza­ção desta ideia abraçada por muitos estudiosos contribuir­ia sobremanei­ra para o resgate dos valores morais e cívicos”, afirmou o director.

“O ensino da Bíblia é de facto uma forma de ensinar e preservar os valores morais. Não se pode confundir educação moral e cívica com o ensino da Bíblia, por serem coisas completame­nte diferentes. A disciplina da Bíblia fortalece a moral dos alunos e os guia às práticas socialment­e úteis”, disse.

O prelector apelou às demais instituiçõ­es do ensino primário e médio para promoverem anualmente jornadas científica­s, para permitir e capacitar os alunos a desenvolve­rem a sua capacidade expressiva, soltarem-se e aperfeiçoa­rem a oralidade.

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ARIMATEIA BAPTISTA|EDIÇÕES NOVEMBRO Processo educaciona­l começa a emergir das acções da família sendo necessário para o sucesso da actividade o envolvimen­to de toda sociedade

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