Benfica do Lubango aposta na formação
CLUBE APAGOU 85 VELAS
A direcção do Benfica Petróleos do Lubango vai continuar apostar no processo de massificação da modalidades de futebol, basquetebol, atletismo, taekwondo, ténis de mesa, xadrez e voleibol, anunciou na terça-feira, o seu director-geral, Manuel Figueiredo.
Em declarações ontem à Angop, a propósito dos 85 anos da fundação do Benfica Petróleos do Lubango, comemorados segunda-feira, o dirigente disse que a intenção do clube é reforçar a aposta na massificação dos escalões de formação nestas modalidades, uma vez que têm dado resultados positivos.
Indicou que a meta é atingir mais de mil e 500 atletas nas modalidades referenciadas, para garantir o futuro para os escalões superiores, estes que há muito o clube deixou de contar, em função dos maus resultados, associados às dificuldades financeiras.
Para a execução destas acções, a direcção vai contar com o seu principal patrocinador que é a Sonangol, assim como o Banco Africano de Investimento (BAI), que tem estado a patrocinar, com mais de três milhões de kwanzas, o basquetebol feminino.
Acrescentou que o clube conta com o dinheiro do arrendamento de alguns imóveis de sua pertença, que serve para adquirir materiais desportivos e fazer o pagamentos de subsídios para os técnicos.
“O Benfica é um clube que sempre primou pela formação dos jogadores de basquetebol, andebol, taekwondo e outras modalidades. Por isso, vamos continuar a formar os atletas que estejam interessadas em fazer parte da agremiação”, realçou. Secundo o dirigente, nos últimos dez anos, mais de mil e 500 atletas em diversas modalidades, foram forjados no clube e seguiram rumo noutras agremiações. O Benfica do Lubango foi criado a 27 de Fevereiro de 1932.
Actualmente, o clube acolhe as modalidades de boxe, futebol, basquetebol, ténis de mesa, voleibol e taekwondo, disciplinas que movimentam na agremiação mil e 470 crianças.
O futebol é o seu forte, mas desde 2014 está fora do Girabola. A actual direcção, liderada por Jacques da Conceição, nem sequer pensa, para já, regressar à mais alta-roda do futebol nacional. A projecção para um Girabola, segundo o actual consulado, passa pela existência de um sponsor forte e a recuperação das suas principais infra-estruturas.
O seu estádio, 11 de Novembro, com capacidade de seis mil espectadores, beneficiou de obras, pela última vez, em 2009 para servir o CAN'2010, acolhendo treinos das equipas que participaram no campeonato, como a Tunísia e o Gabão. Inaugurado em 1930, o “11 de Novembro” é o primeiro estádio construído na província da Huíla.
O seu pavilhão beneficiou de obras, em 2006, na antecâmara ao Afrobasket do ano seguinte, mas hoje vai caindo aos poucos, embora acolha jogos dos escalões de formação, actividades religiosas e recreativas, que rendem alguns tostões ao clube, mas insuficientes, até para manter os lavabos em condições.
O clube dispõe de um património, constituído por imóveis, discoteca, casino, pavilhão e estádio, que a actual direcção tenta, a todo custo, tirar o melhor proveito para o bem do desporto nas suas hostes.