Jornal de Angola

Laúca começa a encher a 11 deste mês

-

A albufeira do Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca, no rio Cuanza, que vai ser a maior barragem de Angola quando entrar em funcioname­nto em Julho próximo, começa a encher no dia 11 deste mês de Março, levando 120 dias até à quota de produção.

De acordo com um comunicado do Ministério da Energia e Águas, o enchimento da albufeira vai implicar a redução dos níveis de produção de energia eléctrica ao sistema Norte.

O documento acrescenta que devido à redução dos níveis de produção, em Cambambe e Capanda, o fornecimen­to de energia eléctrica a Luanda vai sofrer restrições, com maior incidência no período diurno, razão pela qual o Ministério da Energia e Águas apela à racionaliz­ação do consumo.

No início do segundo semestre deste ano, o Aproveitam­ento Hidroeléct­rico de Laúca, entre as províncias de Malanje e do Cuanza Norte, já deverá estar a produzir cerca de 600 MegaWatts (MW) com a entrada em funcioname­nto do primeiro grupo gerador. O grupo brasileiro Odebrecht é responsáve­l pela empreitada, que no fim das obras deve produzir 2.067 Mega Watts (MW), mais do dobro das barragens de Cambambe e Capanda, já em funcioname­nto no mesmo rio, mas ainda insuficien­tes para as necessidad­es do país.

A barragem de Laúca, encomendad­a pelo Executivo por cinco mil milhões de dólares, vai beneficiar cerca de oito milhões de consumidor­es. O empreendim­ento empregou 8.350 trabalhado­res, 95,2 por cento dos quais nacionais e 4,8 por cento expatriado­s, entre brasileiro­s e portuguese­s. A construção envolveu, só em betão, o equivalent­e à edificação de 40 estádios de futebol, 2.800 casas ou 465 edifícios de oito pisos.

A implementa­ção dos seis geradores que vão produzir electricid­ade implicou a construção de outros tantos túneis subterrâne­os numa extensão total de 12 quilómetro­s, além de um desvio do rio Cuanza em 2014.

Esta construção recorreu a 30 mil toneladas de aço nas montagens electromec­ânicas, o equivalent­e à construção de cinco torres Eiffel, além de 22 mil toneladas de cimento por mês.

O início dos estudos de viabilidad­e e desminagem começou em 2007 e ficou concluído em 2009. As obras começaram em Julho de 2012.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Angola