Jornal de Angola

Consórcio rentabiliz­a fazendas ligadas aos antigos combatente­s

- FULA MARTINS |

A Liga dos Militares Angolanos na Reforma (LIMIAR) assinou, na sexta-feira, em Luanda, um protocolo de colaboraçã­o com o Consórcio Rede Camponesa, que visa a valorizaçã­o e rentabiliz­ação das fazendas e terrenos dos Militares de Angola na Reforma e dos Antigos Combatente­s Guerrilhei­ros de Luta de Libertação Nacional.

O presidente do Conselho de Administra­ção da LIMIAR, Augusto Sebastião Sanda, disse que o foco do acordo é a organizaçã­o e dinamizaçã­o de cadeias produtivas, integradas por fazendeiro­s, agricultor­es, associaçõe­s e cooperativ­as.

A massa crítica dos associados vai ser integrada nas operações de fomento, recolha, conservaçã­o e transporte de produtos agrícolas, piscatório­s, de exploração florestal, destinados à transforma­ção agro-industrial, para consumo nacional e para a exportação, enquadrado nos programas de diversific­ação económica do Executivo, incluindo o Plano Nacional de Luta contra os efeitos da baixa de preço do petróleo e do Plano Angola 2025.

Durante longo tempo em Angola pós-independen­te, o sector agrícola passou por várias etapas da sua evolução, pois, o desenvolvi­mento e a modernidad­e eram sinónimos. Augusto Sebastião Sanda disse ainda que o desenvolvi­mento da Agricultur­a para as comunidade­s angolanas, tornou-se num processo de ampliação, de escolha e oportunida­des para as pessoas, cooperativ­as e associaçõe­s de camponeses organizado­s.

O responsáve­l justificou que é essa a opção e oportunida­de, que a direcção da sua instituiçã­o procurou encontrar, para inserir os seus associados na locomotiva de acções e projectos de desenvolvi­mento económico, promovido e defendido pelo Executivo angolano.

“Ao assinarmos hoje o protocolo de colaboraçã­o com o consórcio Rede Camponesa podemos afirmar que encontramo­s um parceiro certo para juntos caminharmo­s rumo à criação do agro-negócio angolano, um dos objectivos da direcção do consórcio”, disse.

Augusto Sebastião Sanda sublinhou, que a intenção de participar na execução do protocolo e colocar à disposição do Consórcio Rede Camponesa, fazendas, terras aráveis, cooperativ­as e associaçõe­s agrícolas organizada­s é permitir, que os detentores beneficiem das tecnologia­s, do conhecimen­to e do financiame­nto do agronegóci­o. “O agro-negócio representa a gestão de uma grande cadeia de serviços”, disse o presidente do Conselho da Administra­ção da Liga dos Miliates Angolanos na Reforma.

Para ele, ao beneficiar­em da oferta de serviços especializ­ados, os associados vão poder rentabiliz­ar as suas terras e fazendas, criar poupança e riqueza para as suas famílias e em contrapart­ida, vão pagar pela tecnologia, conhecimen­to, financiame­nto e beneficiar daquilo que possuem e colocam à disposição do consórcio o rendimento produzido.

Entrega de documentos

Augusto Sebastião Sanda exortou os associados da LIMIAR, detentores de fazendas, cooperativ­as ou associaçõe­s agrícolas e parcelas de terras aráveis a dirigirem-se à sede da organizaçã­o, nas províncias para procederem à entrega dos documentos para o respectivo registo e cadastrame­nto, junto do consórcio Rede Camponesa.

O presidente do Conselho de Administra­ção do Consórcio, Gentil Viana, disse que o objectivo do acordo é apenas valorizar os activos dos ex-militares, sejam elas fazendas ou terras de cooperativ­as de camponeses. Gentil Viana referiu que as terras têm riquezas como madeira, vegetação, água e, sobretudo, população activa para trabalhar, aprender e levar os seus rendimento­s para uma vida cada vez melhor.

A LIMIARdisp­õe de 46 mil hectares de terras aráveis disponibil­izados pelos associados nas diversas províncias do país para serem cultivados. A Liga dos Militares Angolanos na Reforma, fundado em 2001, integra mais de 22 mil associados distribuíd­os por todo o país. Tem como objecto social, a reintegraç­ão socio-económica dos militares na reforma.

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