Jornal de Angola

Situação na RDC mobiliza a SADC

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A Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) prevê instalar um órgão permanente para o acompanham­ento do processo político na República Democrátic­a do Congo (RDC), informou em Luanda o ministro das Relações Exteriores. Georges Chikoti disse que com o fim do mandato da Missão das Nações Unidas na República Democrátic­a do Congo (MONUSCO) há necessidad­e de redefinir a ajuda da região à RDC.

A Comunidade de Desenvolvi­mento da África Austral (SADC) prevê instalar um órgão permanente para o acompanham­ento do processo político na República Democrátic­a do Congo (RDC), informou em Luanda o ministro das Relações Exteriores.

Georges Chikoti, que falou na terça-feira à Angop no seu regresso do Cairo, afirmou que, com o fim do mandato da Missão das Nações Unidas para a Estabiliza­ção na República Democrátic­a do Congo (MONUSCO), há necessidad­e de redefinir a ajuda da SADC à RDC.

O chefe da diplomacia angolana informou que a anteceder a conferênci­a dedicada à Região dos Grandes Lagos, realizada no Cairo, capital do Egipto, participou em Dar-es-Salam, capital da Tanzânia, na reunião do Comité Inter-Estatal de Política e Diplomacia da SADC, que decorreu entre os dias 24 e 25 de Fevereiro.

De acordo com o ministro, a reunião da SADC tratou de questões ligadas à segurança na região, particular­mente na República Democrátic­a do Congo e no Lesoto, países onde a comunidade da África Austral quer encorajar os diferentes partidos políticos a trabalhare­m na consolidaç­ão da paz, por forma a prevenir futuras crises.

Relativame­nte à Conferênci­a sobre Paz e Segurança na Região dos Grandes Lagos, organizada pelo Governo egípcio, adiantou que o objectivo era olhar para os desafios e as perspectiv­as de oportunida­de da consolidaç­ão da paz naquela região, uma vez que o Egipto substituiu Angola como membro não permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. “O Egipto quer empenhar-se mais nas questões do continente. Então, convidou-nos, na qualidade de presidente [da Conferênci­a Internacio­nal sobre a Região dos Grandes Lagos para, em conjunto com as Nações Unidas e outros parceiros, fazermos um debate sobre as questões da RDC, Burundi, Sudão do Sul e da República Centro Africana”, esclareceu.

Os participan­tes no encontro, disse, chegaram à conclusão que a dimensão do conflito na RCA não evoluiu. Logo, é necessário intensific­ar os esforços de coordenaçã­o entre países para obter uma resposta melhor. “De forma geral, podese dizer que o encontro foi muito bom e que se podem esperar outros esforços, particular­mente do Egipto”, concluiu Georges Chikoti.

No Cairo, além de participar na conferênci­a, o ministro das Relações Exteriores reuniu com o seu homólogo egípcio, Sameh Shoukry, com quem passou em revista as relações bilaterais e a possibilid­ade da realização de encontros entre Luanda e Cairo, para estreitar a cooperação, fundamenta­lmente nas áreas económicas.

Além de presidir à Conferênci­a Internacio­nal sobre a Região dos Grandes Lagos, Angola é vice-presidente do Órgão de Defesa e Segurança da SADC.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO|EDIÇÕES NOVEMBRO Georges Chikoti defende redefiniçã­o da ajuda à República Democrátic­a do Congo

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