Nagrelha lança disco a solo em Julho
“Arquitecto da paz” é o título do primeiro trabalho discográfico a solo do cantor Nagrelha, a ser lançado em Julho deste ano, na província de Luanda, com 12 temas.
A informação foi prestada à Angop, no Lubango, pelo cantor Nagrelha, também conhecido artisticamente como “Estado-Maior”, o qual sublinhou que o disco gravado em Angola está a ser masterizado em Portugal, Espanha e Holanda.
O também compositor, que esteve no Lubango para um show musical, sem revelar os artistas que participam no disco, disse que vai manter o estilo kuduro, com mensagens que realçam a paz e reconciliação nacional, bem como mostrar a união entre a música e a comunidade.
Numa primeira fase, prosseguiu, prevê editar 15 mil discos que vão ser comercializados em todo o país a preço de mil kwanzas.
“O lançamento do meu disco a solo vai marcar assim os meus 15 anos de carreira artística como cantor, porque isso foi sempre um sonho
Estado-Maior do kuduro prepara lançamento do primeiro álbum a solo ainda para este ano
meu”, disse. Nagrelha faz parte do grupo Os Lambas, que entrou no mercado angolano com a sua primeira música “O quatro” em 2005. O primeiro sucesso foi o tema “A dança dos Lambas”. Jelson Caio Manuel Mendes ou simplesmente Nagrelha é um dos jovens kuduristas com mais popularidade actualmente em Angola.
O pintor Meso Mumpasi inaugura amanhã, às 18h00, no ELA - Espaço Luanda Arte, em Luanda, a sua primeira exposição individual de artes plásticas este ano intitulada “O sublime”, depois de ter comemorado no ano passado os dez anos de carreira com a mostra “Vibrações mosaico”.
A mostra reúne um conjunto de 18 obras de pintura que ficam patentes até ao dia 5 de Abril, visando homenagear o “Mês das Mulheres” e, em particular, todas as mulheres de Cabinda ao Cunene.
Para o artista, as qualidades e as virtudes das senhoras ultrapassam o comum e atestam “O sublime”.
De acordo com Etona, que prefaciou o catálogo da exposição, Mumpasi identifica-se actualmente como mais um herdeiro do movimento do “neofauvismo” que se solta do expressionismo e vem apresentar as imagens com mais detalhes.
Para o escultor, Meso Mumpasi tem respeitado as etapas da vida profissional das artes plásticas como um pescador. Primeiro, preocupa-se em aprender a “nadar” para, posteriormente, dar-se ao gozo de optar por ter “barco” para navegar nos mares extensos da vida.
Na óptica de Etona, o pintor faz nas obras uma observação clara e crítica de olhares de seres complexos como a mulher, no papel de mãe, esposa, filha e neta que tanto amamos.
De forma atenta, “sentimo-nos obrigados a lembrar que Mumpasi continue à procura da sua paragem, onde um dia há-de vir a ter o seu nome próprio ou marca, no sentido da evangelização e defesa dum continente perdido no meio difícil de paragem, apesar de ser uma viagem difícil e longa, mas vai ser a bem da arte e da humanidade”, refere Etona.
Meso Mumpasi nasceu no Zaire e teve contacto com as artes plásticas desde muito cedo por intermédio do pai, o pintor Mumpasi Zameso, com quem aprendeu a pintar mosaico em pedra. Em 2009, licenciou-se em Pintura na Academia de Belas Artes de Kinshasa, na República Democrática do Congo.