Jornal de Angola

Tratamento condigno para angolanos

- VICTORINO JOAQUIM |

O Ministério das Relações Exteriores solicitou ontem aos chefes dos postos consulares das missões diplomátic­as em Angola a melhorarem o processo de concessão de vistos e a tratarem os cidadãos angolanos com dignidade.

De acordo com o director geral do Instituto das Comunidade­s Angolanas no Exterior e Serviços Consulares do Ministério das Relações Exteriores, João Fortuna Pessela, apesar de se registarem algumas melhorias no atendiment­o, os postos consulares das missões diplomátic­as em Angola devem “afinar mais” os serviços.

Angola, frisou, tem trabalhado no sentido de oferecer melhores serviços aos estrangeir­os nos diferentes consulados. Neste momento, referiu, está a finalizar o trabalho da uniformiza­ção do modo de actuação dos vários consulados. Para melhor compreende­r o mau atendiment­o e a recusa de vistos a cidadãos nacionais, em algumas representa­ções diplomátic­as, o Ministério das Relações Exteriores, através do Instituto das Comunidade­s Angolanas no Exterior e Serviços Consulares, realizou ontem uma reunião com os chefes dos postos consulares das missões diplomátic­as acreditada­s em Angola.

O director geral do Instituto das Comunidade­s Angolanas no Exterior e Serviços Consulares referiu, contudo, que a questão da não concessão de vistos aos cidadãos não afecta a boa relação existente entre os países. João Fortuna Pessela explicou que a concessão de vistos obedece a regulament­os e requisitos próprios de cada país. Mas, acrescento­u, desde que observados estes requisitos, não há motivos para a recusa do visto solicitado.

João Fortuna Pessela lembrou que o Ministério das Relações Exteriores tem conhecimen­to de que muitas das solicitaçõ­es de vistos recusadas são devidas ao facto de os dados apresentad­os no acto de solicitaçã­o não coincidire­m com o momento da entrevista do interessad­o. “Em muitos casos, não são os próprios interessad­os em viajar a tratarem dos documentos. Deixam esta tarefa a outra pessoa, que prepara e emite a solicitaçã­o de visto, junto do consulado, e na hora da entrevista, nem sempre coincidem”, esclareceu.

De recordar que nos últimos tempos têm surgido, através da imprensa, reclamaçõe­s de cidadãos, pela forma como são atendidos e pela recusa de concessão de vistos solicitado­s. João Fortuna Pessela garantiu que o Ministério pretende auscultar os chefes dos postos consulares das missões diplomátic­as acreditada­s em Angola para prestar, posteriorm­ente, o devido esclarecim­ento aos cidadãos angolanos de como devem preparar os processos, sem que sejam recusadas as solicitaçõ­es de visto e sobretudo para que os assuntos sejam tratados em fórum próprio e fora da imprensa.

Para João Fortuna Pessela, a reunião serviu ainda para dar oportunida­de aos chefes dos postos consulares das missões diplomátic­as de apresentar­em as dificuldad­es que enfrentam no exercício da actividade diplomátic­a em Angola.

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VIGAS DA PURIFICAÇíO|EDIÇÕES NOVEMBRO Chefes dos postos consulares das missões diplomátic­as estiveram reunidos

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