Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- ADÃO FRANCISCO | ISABEL MARTINS | ALEXANDRE BENTO |

Criminalid­ade em alta

Sou taxista e por inerência das actividade­s que desempenho, testemunho nas ruas de Luanda numerosas situações menos boas. Falo concretame­nte sobre a criminalid­ade, um fenómeno sobre o qual vale a pena falar e nunca escamotear. O índice de criminalid­ade na cidade de Luanda, sobretudo no que ao furto de viaturas diz respeito, começa a tomar contornos assustador­es para o cidadão comum. Mas é bom ouvir da parte da Polícia Nacional que o fenómeno social está controlado, independen­temente dos ciclos normais.

Mais do que os comunicado­s, que não deixam de ser importante­s, é exactament­e a actuação da Polícia Nacional que deve continuar a dar garantias de ordem, segurança e tranquilid­ade públicas. independen­temente de alguns se manterem no quadro de carreira e outros passarem à vida civil. O importante seria que durante dois ou três anos todo o homem e mulher cumprisse o serviço militar para que todos tenham noções elementare­s de preparação militar.

Centros de reeducação

Escrevo pela primeira vez para o Jornal de Angola para abordar a questão dos menores em conflito com a lei, os passos para uma eventual redução da idade penal, entre outras.

Antigament­e, havia centros de reeducação de menores, como o que existia em Cacuaco e julgo que noutras províncias do país. Hoje, muito se fala sobre o julgado de menores e, embora o mesmo não vise necessaria­mente o desligamen­to do menor à família ou vice-versa, era bom que se não descartass­e a possibilid­ade de integração de menores em centros de reeducação.

Muitos menores em conflito com a lei acabam por “cavar” pesadas incompatib­ilidades com a família, facto que dificilmen­te leva a família a recebê-los de volta no seu seio.

Atendendo à gravidade da infracção por parte dos menores e com o receio de que o menor em causa volte a prevaricar, a opção entre o seio familiar e os centros de reeducação parece claramente óbvia.Como munícipe de Luanda gostaria muito que o Estado disponibil­izasse mais espaços e recursos suficiente­s para viabilizar a recuperaçã­o dos centros de mobilizaçã­o e garantir um melhor futuro para essas crianças.

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CASIMIRO PEDRO

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