Jornal de Angola

Aécio Neves pediu doação

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O ex-presidente da Odebrecht Infra-estrutura Benedito Júnior disse num depoimento ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) do Brasil que o senador brasileiro Aécio Neves pediu doações ilegais para a sua campanha presidenci­al em 2014. A informação, publicada pelo jornal brasileiro “Folha de São Paulo”, foi recolhida num depoimento dado na última quinta-feira por Benedito Júnior, no qual afirmou que a Odebrecht doou 9 milhões de reais (2,7 milhões de euros), não declarados à Justiça Eleitoral, ao Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB).

Além da sua campanha, o político brasileiro terá solicitado uma doação de recursos para outros políticos da sua legenda, entre eles o então candidato ao governo de Minas Gerais Pimenta da Veiga, o senador António Anastásia, que foi relator do processo de destituiçã­o de Dilma Rousseff no Senado (câmara alta parlamenta­r) e do deputado federal Dimas Fabiano Toledo Júnior. Procurada pelo jornal brasileiro, a assessoria de imprensa de Aécio Neves confirmou que ele solicitou apoio para “inúmeros candidatos”, mas que jamais pediu que a ajuda fosse feita por meio de doações não declaradas à Justiça Eleitoral. Na última quarta-feira, o ex-presidente da empreiteir­a, Marcelo Odebrecht, já havia declarado, no mesmo processo, que repassou de maneira ilegal 15 milhões de reais (4,5 milhões de euros) para Aécio Neves nas presidenci­ais de 2014.

O arcebispo de Kinshasa, no Congo Democrátic­o, denunciou a “alarmante situação de segurança” em que se encontra o país, com diversos ataques contra a Igreja. Na informação divulgada quarta-feira, o cardeal Laurent Monsengwo Pasinya mostra-se “preocupado” e “indignado” pelo ataque ao Seminário de Malole, tendo sido “incendiada” uma parte do edifício por grupos violentos que já tinham “semeado o terror entre as irmãs carmelitas” em Kananga. Em nome da Conferênci­a Episcopal do Congo, o arcebispo refere que os ataques não têm poupado a Igreja, que tem sido alvo de incidentes graves, como foi a “profanação da Paróquia de São Domingos”, no município de Limete, por um grupo de “cerca de 20 jovens”.

O candidato presidenci­al independen­te Emmanuel Macron, do centro, consolidou a sua posição como favorito às presidenci­ais francesas, numa altura em que aumenta a pressão para que o seu rival conservado­r, François Fillon, desista da corrida devido ao escândalo de empregos fictícios à mulher e aos filhos. Uma pesquisa de opinião publicada ontem pela empresa Odoxa mostrou Macron a liderar na primeira volta e Marine Le Pen na segunda posição pela primeira vez desde que as candidatur­as se consolidar­am. No meio de uma crise de confiança no campo de Fillon, a sondagem revelou que, caso o político de 62 anos desista e seja substituíd­o pelo conservado­r Alain Juppé, este seria o vencedor da votação de 23 de Abril, e Le Pen seria eliminada.

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