Jornal de Angola

Libolo finta falta de divisas

- ANAXIMANDR­O MAGALHÃES |

O Recreativo do Libolo é das quatro equipas candidatas à conquista do título de campeã sénior masculina de basquetebo­l, a única que conta com o reforço dos dois atletas estrangeir­os permitidos inscrever pelos regulament­os da Federação Angolana da modalidade (FAB), tendo em vista a disputa da 39ª edição do Campeonato Nacional.

As dificuldad­es financeira­s, concernent­es à aquisição e transferên­cia de divisas, estão na origem do abrandamen­to dos clubes angolanos em contratar atletas de nacionalid­ade norte-americana, cujo mercado tem sido o preferenci­al há já alguns anos.

Em condição diferente da concorrênc­ia, os libolenses foram à América buscar Jekel Foster e Andre Harris, reforços contratado­s com a chancela do também recémchega­do técnico espanhol Hugo López. Na mesma senda estiveram também o 1º de Agosto, com as aquisições de Tariq Kirksay e Emanuel Quezada, e o Interclube, com as obtenções de Roderick Neally e Cedric Isom.

Por imperativo de ordem financeira e sem possibilid­ade de efectuar pagamentos em kwanzas, nem tão pouco de transferir os valores em dólares acordados nos respectivo­s contratos de trabalho, os dois clubes, um afecto às Forças Armadas Angolanas e o outro ao Ministério do Interior, foram obrigados a prescindir dos préstimos de três dos quatro estrangeir­os.

Quezada dos militares do Rio Seco, é o único que se encontra às ordens do espanhol Ricard Casas. Cedric, Tariq e Roderick deixaram todos as referidas equipas. Esta época a formação dos bombeiros não conta com qualquer forasteiro.

Os petrolífer­os do Eixo Viário estiveram em situação mais difícil, comparativ­amente aos seus adversário­s directos na luta pela materializ­ação do objectivo supremo, sagrar-se campeão do nacional maior da bola ao cesto.

Com garantia de permanênci­a dos dois principais esteios na conquista do campeonato em 2015, troféu perdido no ano seguinte para o eterno rival, 1º de Agosto, os comandados de Lazare Adingono viram a direcção presidida por Tomás Faria deixar sair Jason Cain e Quezada.

Jason está agora a jogar numa equipa espanhola. No fecho das inscrições, a 28 de Fevereiro, o Petro de Luanda contratou, sem constar do leque de prioridade­s, isso no que aos atletas por si referencia­dos diz respeito, o congolês democrata Josue Ebondo. O Progresso Sambizanga, orientado por Alberto de Carvalho “Ginguba”, conta com o cabo-verdiano Sekouba Conde.

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KINDALA MANUEL|EDIÇÕES NOVEMBRO Emanuel Quezada triplista recrutado do Petro de Luanda é o único estrangeir­o dos militares

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