Waldemar Bastos canta em Sines
FESTIVAL DO MUNDO
O músico Waldemar Bastos, o equatoriano Mateo Kingman e o rapper brasileiro Emicida vão estar em Julho no Festival Músicas do Mundo de Sines (FMM Sines), revelou a organização.
O festival, que acontece de 21 a 29 de Julho em Sines e Porto Covo, anunciou mais oito nomes, entre os quais Mateo Kingman, músico hiphop do Equador em estreia em Portugal, para mostrar uma música que junta a metrópole Quito, onde vive, com a Amazónia andina, onde cresceu, lêse no comunicado de imprensa.
A ele, em Sines, juntam-se ainda o DJ Wilson Vilares, uma das metades do projecto afro-baile lisboeta CelesteMariposa, e o rapper brasileiro Emicida, que vai mostrar o álbum “Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa...”, feito numa viagem entre Angola e Cabo Verde.
O cartaz do FMM Sines vai contar também com um concerto que junta o músico moçambicano José Mucavele com o português João Afonso, outro com o multi-instrumentista camaronês Richard Bona e uma apresentação do saxofonista francês Thomas de Pourquery.
O lote de oito artistas anunciados completa-se com o músico marfinense Tiken Jah Fakoly, “a maior figura do reggae francófono”, e Waldemar Bastos, “o cantar e autor angolano de maior projecção internacional”, que vai apresentar em Sines um novo álbum, a editar ainda este ano.
Organizado pela Câmara Municipal de Sines desde 1999, o FMM Sines apresenta-se como “um festival aberto a todas as músicas: de raiz tradicional, urbanas, alternativas, experimentais, de cruzamento”.
Da edição deste ano já tinham sido anunciadas as presenças de Cristina Branco (Portugal), Fatoumata Diawara & Hindi Zahra (Mali / Marrocos), Gaye Su Akyol (Turquia), Leyla McCalla (Haiti / EUA), Lura (Cabo Verde), Mercedes Peón (Galiza - Espanha), Oumou Sangaré (Mali), Savina Yannatou & Primavera en Salonico (Grécia) e Tulipa Ruiz (Brasil).
Waldemar Bastos nasceu em M’banza Congo em 4 de Janeiro de 1954. É um músico e cantor angolano que combina Afropop, português (fado), e influências brasileiras. Começou a cantar numa idade muito precoce utilizando instrumentos do seu pai. Após a Independência de Angola em 1975, devido aos acontecimentos da Revolução dos Cravos, com 28 anos fugiu para Portugal. Ele emigrou para Portugal a fim de escapar da guerra civil em Angola. Waldemar Bastos considera a sua música como reflexo da própria vida e suas experiências, composta para elogiar a identidade nacional. Os seus temas fazem um apelo à fraternidade universal. Com 40 anos de carreira, em 2008 foi distinguido com um Diploma de Membro Fundador, de 25 anos, da União Nacional dos Artistas e Compositores e um Prémio Award, em 1999, pela World Music.O jornal “York Times” considerou, em 1999, o seu disco “Black Light” uma das melhores obras da época.