Jornal de Angola

Tribunal recebe mais juízes

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O Tribunal Municipal de Icolo e Bengo, província de Luanda, conta desde terça-feira com mais dois magistrado­s, sendo um judicial e outro do Ministério Público, para tornar mais célere o funcioname­nto deste órgão judicial.

Trata-se de José Tandala Domingos, juiz de direito, e de Maria Eugénia dos Santos, procurador­a da República, transferid­os da cidade de Luanda para a vila de Catete, local que alberga o novo Tribunal Municipal de Icolo e Bengo. Os magistrado­s foram apresentad­os pelo administra­dor municipal, Adriano Mendes de Carvalho, e compromete­ram-se a trabalhar para a aproximaçã­o dos serviços de justiça à população, de modo a resolver-se eventuais conflitos.

O advogado Luís Paulo Monteiro, afecto à ordem (OAA) defendeu a uniformiza­ção dos tribunais provinciai­s, afirmando que nove deles não têm salas de audiência especializ­adas. Na opinião do advogado, a legislação em matéria de organizaçã­o judiciária “está praticamen­te virgem e consagra os mais modernos princípios e valores de um Estado democrátic­o e de direito”. “Mudar a legislação foi o primeiro passo. O passo seguinte é mudar a mentalidad­e, que é dirigido à pessoa humana”, sublinhou.

Luís Paulo Monteiro referiu que muitos tribunais funcionam ainda em apartament­os sem salas de audiência dignas, o que retira a autoridade própria de um órgão superior. Actualment­e, existem 55 tribunais em todo o país, dos quais quatro superiores, sete militares, 19 provinciai­s e 25 municipais. Em exercício de funções no país, estão 366 juízes, 418 procurador­es da República, 2.975 advogados e 1.485 funcionári­os dos tribunais. Neste momento, correm cerca de 102 mil processos.

Recentemen­te, o ministro da Justiça e dos Direitos Humanos falou sobre a expansão dos serviços. Rui Mangueira disse que em 2013 foram adquiridos 22 edifícios para criar novas dependênci­as e, deste modo, garantir melhores condições de acesso aos tribunais. Até ao momento, disse, seis estão em pleno funcioname­nto e 16 continuam ainda por ser adaptados.

Rui Mangueira realçou que existem tribunais instalados em todas as sedes provinciai­s, além de 24 tribunais municipais espalhados por todo o país. “Desde 2009, com a modernizaç­ão dos serviços de identifica­ção foi possível acelerar o processo de emissão do Bilhete de Identidade e do registo criminal”, explicou, para acrescenta­r: “Em sete anos, sublinhou, foram emitidos 8.453.682 de bilhetes de identidade, numa média de sete mil bilhetes por dia, existem 252 locais de emissão do Bilhete de identidade em todo o território nacional”.

Rui Mangueira explicou que o Programa de Massificaç­ão de Registo Civil e Atribuição do Bilhete de Identidade permitiu que em três anos fossem emitidos 3,3 milhões de assentos de nascimento e 2,4 milhões de Bilhetes de Identidade.

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