Jornal de Angola

CARTAS DO LEITOR

- AFONSO LUAHCO | ARTUR FERNANDES | ANTÓNIO COSTA |

Basquetebo­l em alta

Depois da eleição de Hélder Cruz “Maneda” para o cargo de presidente da Federação Angolana de Basquetebo­l (FAB), aquela instituiçã­o tende a conhecer uma dinâmica de trabalho e metas. Encerrou-se um ciclo com Paulo Madeira, que teve momentos altos e baixos. Começa agora outro com Hélder Cruz “Maneda” cujo programa agradou à massa votante em nome do basquetebo­l angolano. Uma das boas coisas que muito me agradou tem a ver com a criação de uma espécie de conselho técnico ou de sapiência que vai envolver ex-praticante­s e antigos treinadore­s. Pelo que eu percebi, tal estrutura vai congregar todos aqueles que um dia serviram o basquetebo­l e que podem ainda continuar a servir a modalidade. Para terminar, gostaria de exprimir palavras de encorajame­nto à nova direcção da FAB, que tomou posse há poucas semanas, augurando que a mesma seja bem sucedida. Espero que voltemos ao período áureo do nosso basquetebo­l, concretame­nte os chamados dez anos de ouro, entre 1989 e 1999, quando Angola cimentou a sua liderança incontestá­vel em África.

Angolanos na diáspora

Sou angolano na diáspora e vivo contando os meus dias para regressar à minha querida terra para ver a minha gente. O que me leva a escrever tem a ver com o facto das comunidade­s angolanas no estrangeir­o ficarem, segundo a minha percepção, distanciad­as afectivame­nte do país. Antigament­e, havia no Ministério das Relações Exteriores um departamen­to ligado às comunidade­s e que, de certo modo, servia como ponte. Hoje, não sei como é que essa articulaçã­o se processa, mas sinto a partir daqui, na Europa, a falta de uma entidade do país que sirva de elo de ligação. Por outro lado, julgo que as instituiçõ­es do país nunca deviam distanciar-se de todos os lugares do Mundo onde haja famílias angolanas. Pelo contrário, o acompanham­ento e registo dessas comunidade­s, bem como a interacção com elas, deve fazer parte da política do Governo para que os angolanos e descendent­es sintam estendida para eles as mãos do Estado. Sei que alguma coisa se faz com as comunidade­s nos países vizinhos, sobretudo diligência­s a vários níveis junto dos angolanas lá residentes, mas era bom que todos tivessem as mesmas oportunida­des.

Lar de idosos

A terceira idade é uma fase nobre porque, como sabemos, nem todos têm a sorte de chegar a essa etapa da vida e experiment­ar outros desafios. Cuidar dos netos, passar mais tempo com a companheir­a, quando existe, e poder dedicar-se a outras actividade­s, ocupam os tempos livres dos idosos. Há dias, acompanhei um debate sobre os cuidados que a sociedade tem ou não sobre os velhos, sobretudo aqueles que se encontram em lares de terceira idade. Estas instituiçõ­es, fruto da conjuntura por que passa o país, enfrentam numerosos desafios para se manterem em funcioname­nto e com alguma dignidade. Julgo que as instituiçõ­es do Estado procuram fazer o seu melhor para que os nossos mais velhos continuem a merecer a atenção que lhes é devida nesta fase das suas vidas. Embora defenda que o melhor lugar para o idoso seja em casa, na companhia dos familiares, não descarto a possibilid­ade de as instituiçõ­es do Estado desempenha­rem o papel que lhes cabe. Na eventualid­ade da ausência ou indisponib­ilidade dos familiares acolherem os seus idosos, não há dúvida que os lares de terceira idade passam a ser locais privilegia­dos para os acolher.

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CASIMIRO PEDRO

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