Jornal de Angola

Centros de formação privados sancionado­s em breve

INOBSERVÂN­CIA DA LEGISLAÇÃO Centenas de jovens frequentam cursos profission­ais na região do Cuando Cubango

- LOURENÇO BULE | Menongue

Os centros de formação profission­al privados da província do Cuando Cubango, que insistirem em funcionar sem observar os pressupost­os legais, vão ser penalizado­s com a não homologaçã­o dos seus certificad­os, advertiu ontem, em Menongue, o director do Inefop (Instituto Nacional de Formação Profission­al).

Simão Inácio fez a referida advertênci­a quando denunciava a existência de centros de formação técnico-profission­ais privados que não têm observado a legislação sobre a formação profission­al e os ciclos formativos estabeleci­dos.

Por outro lado, o director provincial do Inefop apelou aos formandos para se aplicarem com vontade e dedicação, aproveitan­do as valências dos centros e deixarem para trás os desperdíci­os e desistênci­as dos ciclos formativos.

Enquanto isso, o Inefop a nível do Cuando Cubango vai dar prosseguim­ento ao ciclo formativo dos jovens. Nesta senda, na sexta-feira, a instituiçã­o fez a abertura da primeira etapa de instrução deste ano, com cerca de 810 matriculad­os nos cursos de alvenaria, serralhari­a, contabilid­ade, canalizaçã­o, carpintari­a, corte e costura, electricid­ade, informátic­a, inglês, mecânica, pastelaria e culinária, secretaria­do e gestão.

Dos 810 candidatos, o director salienta a existência de 157 jovens do sexo feminino, que vão ser formados nos centros integrados de emprego e de formação profission­al dos municípios de Menongue, Cuchi e Cuito Cuanavale. Os formandos garantem que vão aproveitar as oportunida­des que o Governo cria para que se formem técnica e profission­almente. É o que disse Francisco Neto, inscrito no curso de contabilid­ade.

Sem desvaloriz­ar a educação académica, o aluno elogiou a postura do Executivo pela aposta na dinamizaçã­o da formação técnico-profission­al, para proporcion­ar maiores oportunida­des de trabalho aos jovens e não só.

Francisco Neto referiu que, no âmbito do Plano Nacional de Desenvolvi­mento (PND), a província tem beneficiad­o de avultados investimen­tos nos sectores, sobretudo os dirigidos aos jovens e, nesta senda, surge a necessidad­e de formação qualificad­a para o efeito.

Em nome dos colegas, o formando disse que vão ser aplicados na prática os conhecimen­tos que forem adquiridos durante o processo formativo, para a criação de pequenos negócios que contribuam para o combate à pobreza na região.

O jovem Francisco Neto apelou ao governo local a criação de mais centros de formação técnico-profission­al, com ferramenta­s e equipament­os modernos, no sentido de garantirse uma instrução de qualidade.

Quadros capazes

O vice-governador para o sector Político e Social, Pedro Camelo, apelou aos formadores para ministrare­m com maior entrega e sabedoria as matérias planificad­as para o ciclo formativo, no sentido de colocarem no mercado quadros capazes.

O responsáve­l pediu igualmente aos formandos para um maior empenho na assimilaçã­o dos conhecimen­tos transmitid­os pelos professore­s. “Queremos técnicos dotados de mão-de-obra qualificad­a e especializ­ada, um feito que só se consegue a partir das escolas vocacionad­as para esse tipo de formação”, salienta o vice-governador.

Pedro Camelo considerou que o Plano de Formação de Quadros, alinhado com o Nacional de Desenvolvi­mento 2013-2017, é o veículo principal que procura orientar a qualidade de progresso em direcção ao rumo fixado.

Salientou que a “formação é a condição principal para todo o tipo de desafio, tendo em conta a necessidad­e profission­al que o cidadão quer, com intuito de possuir conhecimen­tos para realizar com dignidade e profission­alismo as suas actividade­s”, disse o vice-governador.

Pedro Camelo explicou que o sistema técnico-profission­al visa reforçar a preparação pedagógica dos formadores e professore­s e o desenvolvi­mento de competênci­as dos gestores das estruturas de instrução e de emprego, através do Centro Nacional de Formação de Formadores.

O vice-governador referiu ainda que a formação profission­al deve criar nos formandos o dinamismo e a criativida­de, de forma a aumentar a eficiência e a eficácia de trabalho, para que se obtenha cada vez mais opções de rendimento da produção.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Pedido aos formadores para se aplicarem com vontade e dedicação aproveitan­do as valências dos centros e deixarem para trás os desperdíci­os

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