Ciclo formativo aberto ontem em Luanda
Centros de artes e ofícios recebem milhares de jovens em todo o país
Os centros de formação profissional tutelados pelo Instituto Nacional de Formação Profissional (Inefop), uma estrutura do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, matricularam, para o presente ano lectivo, 23.651 jovens de um universo de 40 mil que se inscreveram, informou ontem, em Luanda, o director nacional do Trabalho e Formação Profissional.
Leonel Bernardo, que discursava na abertura do Ciclo Formativo 2017, disse que esses alunos vão frequentar 140 centros, que têm disponíveis 139 especialidades, integradas nos quatro níveis do Sistema Nacional de Formação Profissional em todo o país.
O alto funcionário do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social acentuou que uma das apostas do departamento ministerial é o aumento das qualidades técnicas, tecnológicas, pedagógicas e de atitudes dos formadores, uma vez que, para que sejam atingidos os níveis de excelência da formação profissional, “é necessário uma forte aposta na formação do homem que forma o homem.”
O Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, acrescentou Leonel Bernardo, está também atento à melhoria das condições de trabalho dos centros de formação profissional, sobretudo no que diz respeito à componente laboratorial, a fim de permitir aos formadores uma aprendizagem sólida, o que facilita a entrada para o mercado de trabalho de profissionais mais competentes e mais qualificados.
O departamento ministerial aposta ainda na adequação dos melhores modelos de formação profissional, tendo em atenção a formação inicial e contínua, o intercâmbio e as parcerias entre instituições de formação profissional e a classe empresarial, na qualidade de parceiros do Executivo.O director nacional do Trabalho e Formação Profissional assegurou que o Executivo, através do Ministério da Administração Pública, Trabalho e Segurança Social, tem dado resposta a “um dos grandes desafios da nossa sociedade, que passa pela formação de técnicos capazes de responder ao actual estágio de desenvolvimento do país.”
O responsável declarou que a formação profissional é, para o Executivo, uma das bases fundamentais para o desenvolvimento do país, daí o seu compromisso em prestar todo o apoio às estruturas de formação profissional, para que estas contribuam para os objectivos traçados pelo Executivo, através do apetrechamento dos laboratórios e oficinais e da realização de mais acções de formação de formadores.
Angola dispõe de 634 centros de formação profissional, 459 dos quais privados.
A província de Luanda tem o maior número de centros profissionais, com 350. O Instituto Nacional do Emprego e Formação Profissional formou, desde a sua abertura, em 1998, um total de 14.760 pessoas a nível nacional.