Gabriel Tchiema regressa à Trienal
Gabriel Tchiema actua hoje, às 20h00, no Palácio de Ferro, em mais um concerto inserido no programa da III Trienal de Luanda, na qual o músico se fez apresentar com a sua banda constituída por Mavinga Bunga “Kiló” (guitarra solo), Mavinga Ndombasi “Miló” (guitarra baixo), Pedro Bansimba “Estrela” (teclado), Luzaiado Gabriel (percussão ligeira), Roberto Zola “Fofinho” (percussão) e Sandra Samanta “SS” (coro).
Tchiema fez uma aposta na estilização dos ritmos do leste do país como a Tchianda e Makopo, nos quais resultaram os temas “Molekeleke”, “Mungole”, “Mbimba”, “Itela” e “Azwlula’.
Segundo o artista, o concerto de sábado traz “um pouco de África na harmonia angolana”, como mostra no “África Yami”.
Nascido no município do Dala, província da Lunda Sul, em 1966, o músico tem editados os discos “Nhena Nhi Nhami”, “Dona”, “Azwlula” e “Mungole”. Deu os primeiros passos no mundo da música na província de Cabinda, onde, até 1990, cumpriu o serviço militar. Co-fundador da Banda ASP, com a qual ganhou vários prémios nos festivais militares.
Com o disco “Mungole”, venceu o Prémio Nacional de Cultura e Artes de 2014 e “Melhor Produção Discográfica” na última edição do Top Rádio Luanda. Neste sábado, Tchiema marca a sua quinta passagem ao Palácio de Ferro, depois das actuações nos dias 6 e 13 de Fevereiro último, 27 de Agosto (Zwá) e 24 de Setembro de 2016.
Ainda inserido no programa de actividades da Terceira Trienal de Luanda, o músico apresentouse na cidade de Niterói (Brasil), Estado do Rio de Janeiro, em Abril do ano passado, no projecto “Ressonância Magnética”.
A Terceira Trienal de Luanda teve início no passado dia 1 de Novembro de 2015 e vai até finais de Agosto do corrente ano, sob o lema “Da utopia à realidade”. Esta iniciativa cultural visa resgatar, preservar e divulgar as obras e criadores angolanos que trabalham para o desenvolvimento da nossa hegemonia cultural, nas mais variadas disciplinas artísticas.
Do tradicional à arte multimédia, a Trienal de Luanda é um exercício que se contrapõe à violência, respeita a diferença, redimensiona e valoriza o outro, enquanto sujeito artístico de acção, tendo como objectivo o resgate, através das Artes Visuais e Cénicas, os orbes da nossa memória colectiva.
Nesta vertente, a Terceira Trienal de Luanda já realizou, desde Novembro de 2015 a 5 deste mês, um total de 1.788 eventos (artes visuais, cénicas, literatura, projecto educação e entrevistas), mais de 2.490 artistas participaram, tendo um total de público de 138.184 pessoas, em 420 dias de actividades.