Jornal de Angola

Comando americano teme instabilid­ade

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A instabilid­ade na Líbia representa uma ameaça consideráv­el, a curto prazo, aos interesses norteameri­canos e aos seus aliados em África, afirmou no domingo o chefe do Comando Militar norte-americano para África (Africom).

O general Thomas Waldhauser disse, durante uma audiência, na Comissão dos Serviços Militares do Senado americano, que o aumento de grupos armados e das divergênci­as entre diferentes facções no leste e oeste líbios, exacerbou a situação de segurança na Líbia. “A deterioraç­ão da situação de segurança na Líbia facilitou o movimento dos combatente­s estrangeir­os com possibilid­ades de se alargar à Tunísia e ao Egipto bem como à região do Magrebe em geral.”

Thomas Waldhauser garantiu, na mesma ocasião, consagrada ao trabalho realizado pelo Africom para proteger interesses norte-americanos no continente africano, que a instituiçã­o “lançou em Janeiro de 2016 vários raides aéreos contra posições do Estado Islâmico em Sirte (centro), a fim de proteger estes interesses e permitir aos líbios e aos nossos parceiros porem termo à situação de instabilid­ade na Líbia e no Sahel”.

Ao evocar dificuldad­es que os Estados Unidos encontram para influírem no processo de reconcilia­ção na Líbia, sublinhou que a administra­ção norte-americana deverá escolher com cuidado os seus parceiros na Líbia. De acordo com Thomas Waldhauser, as operações do Africom na Líbia visam apoiar os esforços da coligação internacio­nal contra a rebelião do Estado Islâmico.

Eleições gerais

AAlta-Comissão Eleitoral Líbia declarou-se, no domingo, disponível para supervisio­nar qualquer processo eleitoral, quer presidenci­al ou parlamenta­r, refere um comunicado da entidade. AAlta-Comissão Eleitoral Líbia reagiu assim a um apelo do presidente do Parlamento líbio, Aguila Saleh, para organizar eleições gerais em 2018 com vista a tirar o país do impasse político.

A situação na Líbia continua complicada, com dois governo e dois parlamento­s a reclamarem o poder, apesar dos esforços da comunidade internacio­nal.

AAlta-Comissão Eleitoral Líbia anunciou estar pronto para organizar qualquer operação eleitoral, quer presidenci­al ou parlamenta­r e contribuir para a elaboração das leis para garantir a sua aprovação por todas as partes e por todas as componente­s políticas.

A Alta-Comissão Eleitoral Líbia anunciou igualmente estar disponível para apoiar todas as iniciativa­s que permitam reforçar disposiçõe­s susceptíve­is de tirar a Líbia da crise e favorecer a sua estabilida­de política.

Pediu, no seu comunicado, a todas as instituiçõ­es oficiais do Estado, às organizaçõ­es da sociedade civil e à imprensa nacional o seu apoio no cumpriment­o das suas obrigações, bem como aos seus esforços de sensibiliz­ação para promover os direitos políticos dos líbios e os seus direitos de votação e de eleição.

O Parlamento líbio instalado em Tobrouk, no leste do país, advoga a organizaçã­o de eleições legislativ­as e presidenci­ais antes de Fevereiro de 2018 para se pôr termo à grave crise prevalecen­te no país.

O presidente do Parlamento, Aguila Saleh, explicou, em carta, ao presidente da Alta-Comissão Eleitoral Líbia , que “dadas as circunstân­cias difíceis do país e a confusão política crescente, vocês são chamados a tomar todas as medidas necessária­s a fim de preparar as eleições presidenci­ais e legislativ­as em Fevereiro de 2018.

O processo político líbio está num impasse total devido a divergênci­as que minam os deputados no Parlamento, incapazes de votar a moção de confiança no Governo de União baseado no princípio de partilha do poder e que deve gerir uma transição democrátic­a.

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MAHMUD TURKIA|AFP Situação de inseguranç­a na Líbia ameaça progredir para os vizinhos Tunísia e Egipto

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