Jornal de Angola

Trabalhado­res domésticos mais protegidos no Moxico

- NARCISO CHICUCO |

Trabalhado­res domésticos estão a ser sensibiliz­ados desde segundafei­ra no Luena, província do Moxico, pela Direcção Provincial da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, visando a sua rápida inserção na Segurança Social.

Segundo o vice-governador para o sector Técnico, Manuel Lituai, a campanha de sensibiliz­ação vai dar a conhecer os mecanismos e princípios que norteiam o enquadrame­nto contratual dos trabalhado­res de serviço doméstico.

Manuel Lituai, que falava durante a abertura da campanha de sensibiliz­ação, disse ainda que se pretende conferir um conjunto de direitos e obrigações, que vão permitir a inserção do trabalhado­r doméstico num formato formal dos contratos de trabalho.

“Anteriorme­nte, o trabalhado­r doméstico era visto como alguém à margem das normas de trabalho e, a partir deste momento, haverá um novo enquadrame­nto, jurídico-laboral, dos serviços domésticos”, disse.

O governante disse também que o lançamento da campanha de inserção dos trabalhado­res domésticos na Segurança Social é uma orientação do Executivo angolano, que tem vindo a ensaiar vários mecanismos para dar dignidade a este sector, à semelhança de outros que prestam serviço numa instituiçã­o pública ou privada, com a aprovação do Decreto Presidenci­al nº155/2016, de 9 de Agosto.

“Há a necessidad­e de todos cumprirmos, de forma legal, no âmbito do regime jurídico do trabalho doméstico e protecção social dos trabalhado­res domésticos, tendo sempre presente a Lei Geral do Trabalho em vigor na República de Angola”, concluiu.

Manuel Lituai informou ainda que o presente diploma vai conferir aos trabalhado­res domésticos o direito a férias, remuneraçã­o condigna, descanso semanal e outros direitos, tais como os dos trabalhado­res do sector formal.

Angelina Teresa Mucua, de 37 anos, que trabalha há dez anos como trabalhado­ra doméstica, mostrou-se satisfeita com aprovação da lei e diz estar preparada para continuar a exercer as suas actividade­s sem se preocupar com o patrão, pelo facto de já existir uma lei que a defende.

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FRANCISCO BERNARDO|EDIÇÕES NOVEMBRO Luena acolhe campanhas de sensibiliz­ação

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