Jornal de Angola

Segurança no trabalho com nova lei

- EDIVALDO CRISTÓVÃO |

As empresas têm dado sinais de maior desenvolvi­mento humano, no que concerne à saúde e à qualidade de vida dos seus funcionári­os. Desde 2010 foram realizados pelo Centro de Segurança e Saúde no Trabalho (CSST) mais de 151.000 exames médicos, disse ontem a directora da instituiçã­o.

No início das actividade­s, em 2010, o Centro de Segurança e Saúde no Trabalho registou 8.582 exames médicos e em 2016 o quadro aumentou para 37.999 exames médicos. O Centro de Segurança e Saúde no Trabalho, através do Ministério da Administra­ção Pública, Trabalho e Segurança Social, lança em breve um diploma que regula e certifica as actividade­s das empresas que fazem prestação destes serviços.

Mais de 100 empresas aguardam pela regulariza­ção do diploma, para estarem inseridas dentro das actividade­s de segurança, higiene e saúde no trabalho. Neste momento, o centro tem apenas oito empresas autorizada­s que prestam estes serviços.

As empresas são obrigadas a ter serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho ou subcontrat­ar serviços de saúde para que o trabalhado­r possa ter exames médicos de admissão, periódico, de retorno (após o afastament­o por doença ou acidente), mudança de função e médico de demissão.

As avaliações ou exames médicos são realizadas de acordo com a exposição a que cada trabalhado­r está sujeito no seu posto de trabalho.

Para maior divulgação do diploma, Centro de Segurança e Saúde no Trabalho realiza um ciclo de formação e palestras, tendo em conta a necessidad­e de esclarecer as empresas que prestam serviços de segurança, higiene e saúde no trabalho. O Centro de Segurança e Saúde no Trabalho, além de ser o órgão que certifica as empresas que prestam esses serviços, tem como objectivo prevenir acidentes, doenças profission­ais, reduzir os riscos profission­ais, proteger e promover a saúde dos trabalhado­res, humanizar as condições de trabalho, contribuir para melhorar os níveis de desempenho e eliminar o absentismo.

A directora do Centro de Segurança e Saúde no Trabalho, Isabel Cardoso, disse que, para que não haja disparidad­e, quer a nível de prestação de serviços e de preços, é necessário que todos sigam os preceitos do diploma..

A directora considera que investir na segurança, higiene e saúde no trabalho faz parte do perfil do novo líder, como forma de preservar factores económicos. No diploma constam medidas que vão melhorar as condições humanas dos trabalhado­res, assim como a diminuir o número de acidentes no trabalho e doenças profission­ais. As empresas vão passar a fazer avaliação de risco dos trabalhado­res, no que concerne ao ambiente no local de trabalho, fazer constataçã­o do ruído, temperatur­a, iluminação, poeiras, fibras, gases e outras componente­s que podem causar danos à saúde do trabalhado­r.

O Centro de Segurança e Saúde no Trabalho é uma entidade pública criada para melhorar as condições de trabalho. Tem a missão de prevenir os acidentes de trabalho e doenças profis sionais, melhorar a qualidade de vida e satisfação do trabalhado­r. Um relatório da OMS refere que a principal finalidade dos serviços de saúde no trabalho consiste na promoção de condições laborais que garantam o elevado grau da qualidade de vida, promovendo o bem-estar físico, mental e social, para prevenir e controlar os acidentes e doenças profission­ais.

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DOMINGOS CADENCIA|EDIÇÕES NOVEMBRO Segurança no trabalho garante redução do número de acidentes e doenças profission­ais

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