Mário Macilau expõe em Luanda
ÚNICO SENTIDO Criações do artista moçambicano podem ser apreciadas na Baía
Uma exposição do artista moçambicano Mário Macilau intitulada “Único Sentido” é inaugurada amanhã, às 18h30, na Galeria Mov’Art, na Baía de Luanda.
Mário Macilau regressa a Luanda com fotografia, poesia, instalação e pintura para revelar um sentido único, uma mesma base e ponto de observação da reacção do comportamento humano perante factos, momentos e contextos.
O artista percorre o rumo das decisões locais e mundiais, mais ou menos arbitrárias que conduzem a extremos similares, mas simultaneamente, antagónicos. Um sentido que o leva a um mundo bipolar: igual e diferente de pensamentos, reacções, vivências e subterfúgios.
Moçambique e Angola são territórios geograficamente distintos, mas semelhantes. O único sentido escolhido por Macilau desvenda entre estes dois países, a mesma forma de agir e reagir ao dia-a-dia e ao mundo. Denuncia uma certa cegueira selectiva que ensombra a realidade mais próxima, mas sagaz quando escrutina realidades distantes.
Mário Macilau nasceu em Maputo em 1984, onde vive e trabalha actualmente. Iniciou-se na fotografia em 2003 e tornou-se profissional em 2007, quando trocou o telemóvel da mãe pela primeira câmara fotográfica.
O artista especializou-se em projectos de longo termo, focados nas condições de trabalho, de vida e ambientais que afectam grupos socialmente isolados.
A sua obra tem sido premiada e reconhecida no seu país e um pouco por todo o mundo em exposições individuais e colectivas. Foi um dos três artistas no Pavilhão do Vaticano na Bienal de Veneza, em 2015 e, um ano depois, expôs os mesmos trabalhos em Nova Iorque.
Macilau faz parte da exposição itinerante Making Africa: A Continent of Contemporary Design, no Vitra Design Museum com curadoria de Amelie Klein e consultoria de Okwui Enwezor. O artista participou no Pangea: New Art from Africa and Latin America, Saachi Gallery, em Londres em 2014, e também na Bienal de Fotofest em Houston, Bienal Internacional de Casablanca, em Marrocos. Integrou a exposição colectiva panafricana, durante a Bienal Africana de Fotografia em Bamako, Mali, em 2011.
No Festival VI Chobi Mela Photo em Dhaka, no Bangladesh, também em 2011 e nesse mesmo ano, participou ainda na Photo Spring de Pequim, China, Lagos Photo na Nigéria, Bes Photo no Centro Cultural de Belém em Lisboa, Portugal e na Pinacoteca em São Paulo, Brasil.