Contador compara físico com avançado português
RONALDO NO CICLISMO
Alberto Contador, o ciclista espanhol da Trek-Segafredo que no Paris-Nice do passado fim-de-semana lutou taco a taco com Sérgio Henao em busca da camisola amarela (vitória do ciclista da Sky) reconhece que a sua forma física e a de Ronaldo são bem diferentes, o que não significa que o internacional português... ganhe.
“Ainda posso perder dois quilos até ao Tour. No outro dia tinha 3,7 por cento de gordura corporal. Com uns 6-7 por cento como tem Ronaldo não podia sequer disputar provas. Seria impensável fazer uma grande volta com esses valores. Tenho de ter menos”, afirmou o ciclista espanhol ao programa “El Partidazo”, da Cope.
O líder da Trek-Segafredo abordou ainda o Tour de França: “Não é uma obsessão, mas é a prova mais importante do ano e tenho de ter atenção para chegar em óptimas condições. Froome vai ser o meu principal rival”.
Por seu lado, o colombiano Nairo Quintana confirmou ontem o triunfo no Tirreno-Adriático, apesar de ter terminado o contra-relógio final na 45.ª posição. O ciclista da Movistar venceu a prova italiana pela segunda vez, deixando o australiano Rohan Dennis (BMC), vencedor desta última etapa e 2.º classificado na geral, a 25 segundos.
Num crono de 10 km disputado nas ruas de San Benedetto del Tronto, Quintana acabou por ter um dia tranquilo, pois tinha 50 segundos de vantagem para o mais directo perseguidor, o francês Thibaut Pinot (FDJ). Este último não conseguiu conservar o 2.º posto, pois Rohan Dennis não deu hipóteses à concorrência, vencendo com uma média superior a 53 km/h. O holandês Jan Van Emden (Lotto) foi o 2.º mais rápido no contra-relógio, a três segundos do australiano.
O último dia ficou ainda marcado pela situação caricata que viveu o campeão mundial Peter Sagan, obrigado a parar de pedalar e a sair da estrada para se desviar de um senhor que atravessava uma passadeira acompanhado do seu cão. Ainda assim, o ciclista eslovaco prosseguiu depois a prova sem problemas.
A classificação final teve à testa Nairo Quintana (Colômbia/Movistar), 25:56:27’’, seguido por Rohan Dennis (Austrália/BMC Racing), Thibaut Pinot (França/FDJ) e Primoz Roglic (Eslovénia/LottoNL).
Melhorar o 15.º lugar é o compromisso, a que se propõe o seleccionador nacional masculino Sub-20 de hóquei em patins, Alberto Domingos “Jó”, apresentando ontem em conferência de imprensa e cuja estreia acontece no Campeonato do Mundo, a decorrer de 27 de Agosto a 2 de Setembro, na cidade de Nanjing, China.
“Queremos, com toda a certeza, melhorar a nossa performance, mas para isso temos de trabalhar humildemente, com muita determinação e afinco. Sabemos das dificuldades pelas quais teremos de passar, porque o caminho é árduo e longo. Ainda assim estamos confiantes”, assegurou o antigo capitão do “cinco” nacional e do Petro de Luanda, com vínculo contratual à Federação Angolana de Patinagem (FAP) por dois anos.
Na cerimónia dirigida pelo presidente de Direcção, Hirondino Garcia, foram também apresentados Mungongo Albino “Magalhães”, seleccionador-adjunto, e Silvério Quiteque “Pedalé”, treinador de guarda-redes.
Questionado se a presença de Angola, na prova de Sub-20 pode estar comprometida, em virtude de ter manifestado na sua tomada de posse, alguma inquietação relativamente à disponibilidade financeira da Federação, Hirondino respondeu: “não corremos este risco. Neste momento estamos a fazer parcerias inteligentes e a trabalhar para a captação de novos patrocinadores. Porque entendemos que o esforço é de todos nós. Juntos e com o vosso apoio (órgãos de comunicação social), conseguiremos ultrapassar alguns obstáculos”.
Presente ao acto, o seleccionador nacional sénior masculino, que acumula também a função de coordenador das distintas selecções, o português Fernando Fallé, admitiu que o trabalho tendo em vista o mundial já começou, “com o arranque das sessões no Centro Específico de Treinamento (CET), no Pavilhão Dream Space”.
Em declarações ao Jornal de Angola, quanto à sua influência directa no conteúdo de treinos e na convocatória de jogadores para os Sub20, Fallé, técnico responsável pela conquista em 2007 na Suíça, do sétimo lugar, a melhor classificação de sempre de Angola num mundial, assumiu sem rodeios: “Terei, mas nos aspectos do treinamento”.
“Temos um objectivo único. Que as coisas aconteçam. O importante não é o Jó ou o Fallé brilharem, mas sim o hóquei em patins”.