Forte compromisso com a transparência
Angola assumiu o compromisso do Comité das Bolsas de SADC (COSSE, na sigla em inglês) de tornar o mercado de valores mobiliários mais atraente para os investidores internacionais e regionais, anunciou ontem, em Luanda, a secretária de Estado das Finanças, Valentina Filipe.
A secretária de Estado, que falava no encerramento da 51ª reunião do COSSE, disse igualmente que o objectivo é aumentar a liquidez de mercado e melhorar a negociação de diversos valores mobiliários e instrumentos financeiros.
Valentina Filipe disse que o Executivo pretende assegurar e promover o desenvolvimento dos mercados de valores mobiliários na região, tornando-os eficientes, justos e transparentes.
A secretária de Estado das Finanças referiu igualmente que o desafio é encorajar a transferência entre os países membros do comité do capital intelectual e da especialização técnica dos diversos mercados de valores mobiliárias que integram a SADC. A secretária de Estado anunciou que o mercado angolano antevê, num curto prazo de tempo, acolher os primeiros títulos corporativos (emissão de dívida através do mercado de capital), embora esteja ainda circunscrito à negociação de Títulos da Dívida Pública.
Apesar de ser o mercado mais jovem da região, a secretária de Estado disse que a experiência recente nos planos da regulação, da supervisão e do desenvolvimento do mercado pode servir de grande utilidade para o comité.
“A partilha de experiências do fórum é de grande importância, tendo em conta o objectivo e os ganhos que o mercado angolano tem com a cooperação bilateral e multilateral da região”, disse.
O fórum, assegurou a secretária de Estado, permitiu reforçar a confiança nas instituições de mercado de capitais na sua regulação e supervisão. “Sem investidores não há mercado de capitais. A harmonização dos mercados de capitais na região poderá impulsionar o principal factor de atracção para quem investe”, afirmou a secretária de Estado das Finanças. O quadro de estabilidade que o COSSE pretende criar permite atrair para a região os grandes investidores internacionais e estimular os investidores institucionais de cada um dos países membros a participarem nos respectivos mercados.
Valentina Filipe considera que as bolsas de valores, devidamente reguladas e supervisionadas, desempenham um papel fundamental não apenas na captação de investimento, mas impulsionando o desenvolvimento e também a adopção de boas práticas de governação das empresas nelas cotadas.
Os requisitos de transparência e eficiência na gestão, que advêm do financiamento através do mercado de capitais, elevam a qualidade da gestão como resposta às expectativas dos investidores que apostam na rentabilidade e sustentabilidade dos títulos em que investem, segundo a responsável.