Jornal de Angola

Governo exorta jovens a aproveitar oportunida­des

ENCONTRO COM UNIVERSITÁ­RIOS NO NAMIBE Rui Falcão garante que combate à delinquênc­ia e ao desemprego está entre as prioridade­s

- JOÃO UPALE |

O governador provincial do Namibe instou sexta-feira os jovens da região a aproveitar­em melhor as oportunida­des proporcion­adas pelas autoridade­s, para garantirem um futuro mais tranquilo.

Ao falar numa palestra sob o tema “Contributo dos estudantes universitá­rios no desenvolvi­mento do país, em particular da província do Namibe”, Rui Falcão avançou que o Governo tem estado a criar condições indispensá­veis para a inserção dos jovens nos mais variados domínios, restando agora a estes saber aproveitá-las.

O governador Rui Falcão disse que “devemos apostar em nós mesmos e depois avançar para a sociedade”, referindo que as instituiçõ­es dão a ferramenta e que ninguém sai da universida­de como quadro, mas apenas com os instrument­os para se ser um bom profission­al na sociedade onde vai aplicar os conhecimen­tos.

Rui Falcão, que começou por explicar aos estudantes sobre o que foi feito na sua governação, sustentou que uma sociedade informada é sempre a mais participat­iva e essa participaç­ão deve ser cada vez qualitativ­a.

O governador lamentou a atitude de certos indivíduos que afirmam que o Governo não tem feito nada pelos jovens. “Temos que começar a perguntar aos jovens o que é que eles estão a fazer para eles próprios melhorarem”, disse. O responsáve­l provincial salientou que o primeiro passo deve começar pelos jovens, com iniciativa­s próprias, para depois aproveitar­em as oportunida­des que o Estado põe ao seu dispor.

Rui Falcão fez referência­s do Plano Macro de Desenvolvi­mento de Angola, da Agenda Política 2020/2025, em que se definiram linhas orientador­as para o progresso da província, tendo enumerado a governação baseada na orientação participat­iva, unida e coesa e o trabalho de equipa como pilares para levar a bom porto os destinos da região.

Em função disso, o governante instou os estudantes a definirem aquilo que é fundamenta­l e a estarem dotados de tipos de comportame­nto positivos e não supérfluos, de modo a valorizar aquilo que são e fazem, sob pena de serem preteridos.

Num tom muito pedagógico, o governador disse que é fundamenta­l ser-se humilde, disponível para ouvir, saber ser e estar na sociedade e ter capacidade de interagir para o desenvolvi­mento.

Projectos de desenvolvi­mento

Rui Falcão destacou na sua dissertaçã­o alguns projectos em curso e outros em carteira, no Namibe, acções que vão alavancar o desenvolvi­mento da província, acredita.

Entre estes projectos, o governador provincial mencionou a conclusão da Academia de Pescas, a requalific­ação do Porto Comercial e do Aeroporto Welwitschi­a Mirabilis, que vai passar à categoria de regional, servindo as zonas da SADC, entre outras. No sector industrial, o governante disse que as pedras ornamentai­s são uma das apostas fortes para a diversific­ação da economia, daí a implantaçã­o da indústria extractiva e transforma­dora como garante de oportunida­des de emprego para os jovens.

Referiu que a província do Namibe coordena a área de desenvolvi­mento da região Sul, a que correspond­em também as províncias do Cunene, Cuando Cubango e Huíla, de acordo com o Plano Nacional de Desenvolvi­mento 2020/2025.

Encontro com vendedores

Num outro encontro, o governador ouviu os problemas dos vendedores do mercado informal do bairro 5 de Abril, o mais populoso da província do Namibe.

Nessa reunião, Rui Falcão exortou os responsáve­is da administra­ção a apresentar­em, no prazo de oito dias, um memorando sobre a forma de gestão do mercado, para depois definir novas metas, face às reclamaçõe­s dos utentes.

Entre várias inquietaçõ­es, os vendedores queixaram-se da falta de iluminação pública na zona adjacente ao mercado, fraco policiamen­to de proximidad­e para impedir a onda de assaltos e violações protagoniz­ados por grupos de malfeitore­s dos bairros Boa Esperança I e II, Bela Vista e outras zonas nos arredores do espaço comercial. A concorrênc­ia desleal com os armazéns grossistas, que também fazem o papel de retalhista­s, e os preços das taxas de venda dos produtos e bens diversos são outras questões que afligem os vendedores. Os vendedores reclamaram ainda da falta de salas de aula e de postos de saúde nas proximidad­es, ausência de água potável, inexistênc­ia de aterro sanitário, assim como apelaram para a melhoria da estrada de acesso ao mercado.

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SANTOS PEDRO|EDIÇÕES NOVEMBRO O encontro entre o governador do Namibe e os universitá­rios foi bastante concorrido

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