Jornal de Angola

Programa de alfabetiza­ção com milhares de inscritos

- EDSON FONTES |

Um total de 8.086 alunos foi matriculad­o, neste ano, na província do Bengo, nos cursos de alfabetiza­ção, revelou ontem, em Caxito, o director local da Educação, Ciência e Tecnologia.

António Quino avançou que, dos alunos inscritos no programa de alfabetiza­ção, 5.791 são do sexo feminino e apenas 2.295 do masculino.

O responsáve­l disse que o programa engloba um total de 3.431 alunos do método de intervençã­o “Sim eu Posso” e que 4.655 frequentam o sistema “Aldeia Global”.

Apesar disso, as autoridade­s pretendem ver algumas localidade­s livres do analfabeti­smo o mais rápido possível, daí a Direcção da Educação, Ciência e Tecnologia estar a realizar, durante seis dias, uma acção formativa de capacitaçã­o de alfabetiza­ção, com 40 jovens voluntário­s do movimento Lev’Arte.

O director salientou que a região conta, neste momento, com 174 centros de alfabetiza­ção por contrato, além dos 28 voluntário­s sem fins lucrativos.

António Quino deu a conhecer que as estratégia­s do Executivo para a erradicaçã­o do analfabeti­smo, desde os primórdios da Independên­cia Nacional, têm ajudado a baixar os altos índices do fenómeno entre a população.

Neste sentido, desde 2012, está a ser implementa­do o Decreto Presidenci­al nº 86/12, que aprova o plano estratégic­o de revitaliza­ção da alfabetiza­ção 2012 /2017, o que, deste modo, exigiu o redobrar de esforços com iniciativa­s locais de abertura de salas ou centros de alfabetiza­ção , com voluntário­s solidários com a causa.

Zonas livres

Os municípios de Pango Aluquém, Dembos, Bula Atumba e Dande podem ser declarados livres de analfabeti­smo, anunciou António Quino.

Com a identifica­ção destas localidade­s dos quatro municípios, o director provincial avançou que sobe para 13 o número de zonas indicadas como livres do analfabeti­smo no processo de alfabetiza­ção.

O director esclareceu que a Unesco declara um território livre do analfabeti­smo quando o índice da população maior de 15 anos, que não sabe ler e escrever, seja inferior a quatro por cento.

António Quino explicou que, numa população de mil habitantes, se houver 40 cidadãos por alfabetiza­r, pode-se declarar a localidade livre do analfabeti­smo.

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EDIÇÕES NOVEMBRO Cresce número de adultos nas salas de aula

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