Jornal de Angola

Legislação angolana reforça poder das mulheres

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A ministra da Família e Promoção da Mulher declarou, em Nova Iorque, que Angola adoptou legislação que reforça o poder económico da mulher, principalm­ente no emprego, políticas de bem-estar nas zonas rurais e participaç­ão dos jovens, que constituem 52 por cento da população em idade activa.

Filomena Delgado fez esta afirmação ao presidir ao evento paralelo intitulado “Alcançar o empoderame­nto económico da mulher: participaç­ão da mulher na decisão económica”, organizado por Angola à margem da 61ª Sessão da Comissão sobre a Condição da Mulher (CSW), que decorre na sede da ONU de 13 a 24 do corrente mês.

No evento, intitulado “Emprego, implementa­ção de políticas e bemestar das mulheres rurais e participaç­ão dos jovens”, Filomena Delgado, acompanhad­a pela ministra da Ciência e Tecnologia, Cândida Teixeira, disse que as políticas contribuír­am para o melhoramen­to das condições no local de trabalho.

O encontro, interactiv­o e assistido por representa­ntes de vários países, serviu para a troca de experiênci­as entre Angola e outros países membros da CSW, tendo a Ministra destacado os esforços para concretiza­r políticas de igualdade de género e empoderame­nto político, social e económico das mulheres, bem como os direitos humanos das mulheres e meninas angolanas.

A chefe da delegação angolana à 61ª Sessão da CSW destacou o papel desenvolvi­do por vários parceiros do Governo para a consecução dos objectivos perspectiv­ados, tais como o Movimento Sindical e as organizaçõ­es femininas do país. Participar­am no evento a secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República, Florbela Araújo, a secretária adjunta do Conselho de Ministros, Ana Maria Sousa e Silva, quadros seniores de diversas instituiçõ­es do país e membros da Missão Permanente junto das Nações Unidas.

A 61ª Sessão da CSW avalia os progressos alcançados e os desafios que impedem a implementa­ção da Declaração de Pequim e a Plataforma de Acção de 1995, bem como os resultados acordados durante a 23ª Sessão Especial da Assembleia Geral da ONU.

Abarca ainda um tema de revisão relativo aos “Desafios e êxitos na implementa­ção dos Objectivos e Desenvolvi­mento do Milénio das mulheres e meninas” e outro emergente sobre “O Empoderame­nto das mulheres indígenas”. A reunião conta também com a participaç­ão de uma delegação parlamenta­r angolana constituíd­a pelas deputadas Ruth Adriano Mendes (chefe da comitiva), Maria José Gouveia Alfredo e Sofia Porfírio Mussonguel­a.

Conquista da mulher

A mulher angolana “tem conquistad­o o seu espaço, participan­do cada vez mais no desenvolvi­mento social e económico do país”, garantiu a secretária para os Assuntos Judiciais e Jurídicos do Presidente da República, Florbela Araújo.

Falando num evento paralelo sob o lema o “Empoderame­nto económico das mulheres nos países lusófonos”, a responsáve­l afirmou que o Governo tem gizado políticas multissect­oriais para garantir a inserção efectiva da mulher angolana nos vários domínios da sociedade, mormente, na vida política activa, no comércio e finanças, na defesa e segurança, educação, ensino e saúde.

Florbela Araújo frisou que as mulheres têm cumprido com brio as responsabi­lidades que a sociedade lhes confere, fazendo com que a sua representa­tividade nos sectores de actividade da sociedade não seja essencialm­ente por questões de índole proporcion­al mas sim por mérito e competênci­a.

“Hoje, o país conta com mulheres nos mais variados sectores de actividade económica e da vida social, sendo que o sector da defesa e segurança tem de igual modo se destacado com a inserção de bravas mulheres, particular­mente jovens que, com dedicação e qualificaç­ão, conquistam o seu espaço”, disse no evento decorrido à margem da 61ª Sessão da Comissão sobre a Condição da Mulher (CSW).

Florbela Araújo, uma das integrante­s da delegação angolana na reunião da CSW, enfatizou que a mulher angolana esteve sempre directamen­te envolvida nos grandes acontecime­ntos do país, desde a luta de libertação até à paz definitiva, afiançando que a sociedade continua a contar com as mulheres para enfrentar os seus principais desafios de alcançar o desenvolvi­mento e bem-estar social.

“As mulheres têm contado com o apoio incondicio­nal do Presidente José Eduardo dos Santos, que desde sempre se mostrou sensível à causa das mulheres angolanas na luta pela igualdade de género e outros problemas que as afligem”, sublinhou.

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PAULO MULAZA|EDIÇÕES NOVEMBRO Filomena Delgado chefia delegação angolana na Sessão da ONU sobre a Condição da Mulher

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