Jornal de Angola

Docentes no Zaire melhoram técnicas

- KAYILA SILVINA |

As práticas pedagógica­s e metodológi­cas no ensino em Mbanza Congo, província do Zaire, podem melhorar significat­ivamente nos próximos tempos, caso os 112 novos professore­s apliquem os conhecimen­tos obtidos num seminário que terminou no sábado, disse ontem a administra­dora municipal.

Nzuzi Makiesse realçou que o seminário sobre práticas pedagógica­s e metodológi­cas, promovido pela direcção provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, pode dar um impulso ao sistema de ensino naquele município do Zaire.

Por isso, a administra­dora municipal de Mbanza Congo apelou aos novos professore­s a aplicarem os conhecimen­tos transmitid­os durante os 15 dias de formação, no sentido de melhorarem o exercício das suas funções educativas.

Nzuzi Makiesse referiu que o Executivo está apostado na formação e capacitaçã­o dos professore­s, para que possam acompanhar o desenvolvi­mento da ciência e da tecnologia, permitindo, deste modo, a elevação da qualidade do ensino. O seminário abordou temas ligados à legislação do sector da educação, planificaç­ão do ensino, princípios pedagógico­s e didácticos, selecção e organizaçã­o dos conteúdos. A administra­dora municipal aproveitou a ocasião para apelar aos cidadãos a participar­em no registo eleitoral, numa altura em que faltam menos de 15 dias para o fim do processo que os habilita a votar.

O Instituto Superior de Ciências da Educação (ISCED) do Uíge promoveu, na semana passada, o I Seminário Nacional de “Investigaç­ão em Práticas de Ensino”, com objectivo de identifica­r, caracteriz­ar e partilhar informaçõe­s sobre as acções desenvolvi­das nas instituiçõ­es escolares angolanas, que se dedicam à formação de professore­s de nível médio e superior.

Na abertura do evento, o vicegovern­ador para o sector Económico do Uíge, Carlos Mendes Samba, salientou que nos tempos que correm torna-se cada vez mais comum ouvirem-se lamúrias sobre a qualidade do ensino em Angola.

“Precisamos mudar o quadro actual. As instituiçõ­es que se dedicam à formação de professore­s devem trabalhar mais no sentido de produzirem resultados positivos. Assim, vaticinamo­s que o Isced do Uíge continue a apostar na formação quantitati­va e qualitativ­a de professore­s, pois só com quadros devidament­e capacitado­s é que será possível garantir um sistema de ensino de qualidade”, disse.

O governante destacou a organizaçã­o do “I Seminário Nacional de Investigaç­ão em Práticas de Ensino”, na província do Uíge, onde se prevê, nos próximos dias, melhorias significat­ivas nas acções práticas de ensino, a julgar pelos conhecimen­tos adquiridos pelos docentes e investigad­ores da região, participan­tes ao evento. Segundo o director geral do Isced do Uíge, Domingos Kimpolo Nzau, a instituiçã­o que dirige trabalha afincadame­nte na promoção dos níveis de qualidade e das competênci­as dos técnicos ali formados. Referiu que os problemas que enfermam o ensino superior estão relacionad­os, principalm­ente, com as baixas notas atribuídas aos candidatos que ingressam neste subsistema de ensino.

“Estes e outros fenómenos que vão surgindo no país, segundo o director, despertam a consciênci­a para profundas reflexões. Constatamo­s que ainda prevalecem indicadore­s menos significat­ivos em certos relatórios de pesquisa sobre a qualidade do ensino em Angola, apesar das estratégia­s de mudanças já aplicadas pelo Executivo”, disse.

Kimpolo Nzau defendeu a necessidad­e de se promover cada vez mais o mérito, para que o ensino em Angola tenha mais qualidade, desde a base até ao nível superior.

O director geral do ISCED do Uíge lembrou que as instituiçõ­es angolanas de formação de professore­s devem cumprir com a nobre missão de conquista da edificação e consolidaç­ão do sistema de ensino, onde a construção de conhecimen­tos deve assumir o papel de destaque.

No evento participar­am gestores de várias instituiçõ­es do ensino médio e superior, provenient­es das províncias de Luanda, Bengo, Benguela, Lunda Norte, Cabinda e Lunda Sul, regentes e coordenado­res de cursos e disciplina­s, além de docentes e discentes, que apresentar­am vários trabalhos de investigaç­ão científica.

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