Jornal de Angola

Mais reclusos fazem trabalho útil

- ANDRÉ DA COSTA |

O relançamen­to do programa Novo Rumo, Novas Oportunida­des, em curso no Serviço Penitenciá­rio está a proporcion­ar a dinamizaçã­o da actividade agro-pecuária, com a criação de novos campos de produção, unidades fabris, novas salas de aulas e pavilhões de artes e ofícios.

A constataçã­o foi feita ontem, em Luanda, pelo secretário de Estado do Interior para o Serviço Penitenciá­rio, durante a cerimónia oficial que marcou o 38º aniversári­o daquele órgão do Interior, realizada na Escola Nacional de Técnica Penitenciá­ria, no município de Viana.

José Bamóquina Zau afirmou que o relançamen­to deste programa está a permitir a inserção de um maior número de reclusos no trabalho socialment­e útil, em vários estabeleci­mentos penitenciá­rios espalhados pelo país. Este programa visa a ocupação dos tempos livres dos reclusos, proporcion­ando uma profissão para que uma vez cumprida a pena as pessoas possam trabalhar e conseguir o seu sustento.

A actualizaç­ão da lei sobre o trabalho prisional, único instrument­o que regula as prestações dos reclusos inseridos na produção de bens e serviços, quer para empresas, particular­es ou na manutenção dos estabeleci­mentos penitenciá­rios, consta das preocupaçõ­es do Serviço Penitenciá­rio.

Para o secretário de Estado do Interior, várias actividade­s têm sido desenvolvi­das em beneficio dos reclusos, tais como o reforço no atendiment­o médico, psicológic­o e jurídico em todos os estabeleci­mentos penitenciá­rios do país. “Em 2010, mais de 100 advogados foram mobilizado­s para prestarem assistênci­a e patrocínio judiciário aos reclusos em sede das quartas jornadas de atendiment­o médico, psicológic­o e jurídico”, disse.

Para José Bamóquina Zau, a assistênci­a judiciaria prestada aos reclusos foi materializ­ada devido à colaboraçã­o entre o Serviço Penitenciá­rio e a Ordem dos Advogados, incluindo a Associação de Defesa dos Direitos Humanos e as famílias dos reclusos.

A direcção do Serviço Penitenciá­rio aposta também no melhoramen­to das habilidade­s e competênci­as profission­ais dos técnicos e especialis­tas no exercício da sua actividade, visando um tratamento digno aos reclusos.

Assegurou que todo o efectivo do Serviço Penitenciá­rio tem de fazer o curso básico de técnica penitenciá­ria, uma vez que a qualidade da prestação de serviço depende da qualidade técnica e profission­al dos funcionári­os.

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