OPEP avalia prorrogação
CORTES NA PRODUÇÃO PETROLÍFERA
Os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) são cada vez mais favoráveis a uma prorrogação, para além de Junho, do acordo para reduzir a produção da matéria-prima e equilibrar o mercado, disseram ontem fontes do “cartel”.
As fontes, noticia a agência de notícias Reuters, acham que a Rússia e outros países não membros precisam de continuar como parte da iniciativa. A OPEP tem reduzido a sua oferta em cerca de 1,2 milhões de barris por dia, desde o dia 1 de Janeiro, o que deve durar seis meses, na primeira redução comandada pelo “cartel” em oito anos. A Rússia e outros países não membros do grupo aceitaram também participar do corte.
O acordo elevou os preços do petróleo, mas stocks nas nações desenvolvidas têm subido e melhores retornos incentivaram empresas dos Estados Unidos a produzir mais. Um crescente número de oficiais da OPEP acredita que pode demorar mais que seis meses para reduzir os stocks.
“Uma extensão é necessária para equilibrar o mercado”, disse um delegado da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, acrescentando que “uma extensão do acordo de cortes deve contar com os países não membros”.
Fontes na OPEP disseram à Reuters, em Fevereiro, que o grupo poderia ampliar os cortes, ou mesmo ampliá-las, a partir de Julho, se os stocks não caíssem para os níveis desejados. Cinco outras fontes da OPEP disseram que está cada vez mais claro, que o mercado precisa de mais de seis meses para se estabilizar, mas adiantaram que todos produtores, incluindo os não membros, precisariam aceitar.
“Os ministros vão reunir-se em Maio para decidir, mas todo mundo precisa estar na mesa”, disse uma fonte da Organização dos Países Exportadores de Petróleo ligada a um grande país produtor. O próximo encontro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, para decidir sobre a política de produção acontece no dia 25 de Maio próximo, em Viena. No mesmo período, aguardase um encontro entre os países da OPEP e não membros, disse no mês passado, o secretário-geral da organização, Mohammad Barkindo.
“É muito cedo para dizer se todos irão aceitar isso”, disse uma fonte de um país não membro da Organização dos Países Exportadores de Petróleo, que tem participado dos cortes.