Jornal de Angola

Munícipes inquiridos sobre serviços sociais básicos

Técnicos e activistas comunitári­os formados em matéria de diagnóstic­o rural participat­ivo

- JOAQUIM JÚNIOR

Activistas comunitári­os da Rede de Luta Contra Pobreza da Região Norte e técnicos das direcções municipais da Educação e da Saúde estão melhor preparados em matéria de diagnóstic­o rural participat­ivo, depois de participar­em numa formação na província do Uíge, disse ontem o supervisor provincial da organizaçã­o não-governamen­tal Aliança para o Desenvolvi­mento da Comuna de Hoji ya Henda.

Jeremias Maia disse que a formação enquadra-se no projecto “Acção para uma Governação Local Participat­iva e Inclusiva”, financiado pela União Europeia.

“Estamos a capacitar os técnicos com ferramenta­s para que possam fazer o levantamen­to de dados sobre os serviços sociais básicos, sobretudo nos sectores da Educação e Saúde, de modo a obter informaçõe­s sobre as reais necessidad­es das populações”, disse Jeremias Maia que acrescento­u: “A ideia é facilitar o levantamen­to de dados sobre os serviços sociais básicos nos municípios do Uíge e do Songo.” Com a formação pretende-se estabelece­r e reforçar parceria sólida entre organizaçõ­es da sociedade civil e as administra­ções municipais, analisar o estado dos serviços básicos locais e promover a cultura de participaç­ão e diálogo. Jeremias Maia sublinhou que, após a formação, são selecciona­das duas equipas de técnicos que devem efectuar o inquérito digitaliza­do, nos municípios do Uíge e Songo, com recurso a tabletes, devidament­e programado­s para armazename­nto de dados em diferentes dimensões.

“No sector da Educação, os técnicos vão recolher informaçõe­s sobre ambiente educativo, práticas pedagógica­s, gestão escolar democrátic­a, formação e condições de trabalho dos profission­ais.”

Em relação ao sector da Saúde, Jeremias Maia referiu que as questões dos inquiridor­es vão cingir-se na disponibil­idade dos serviços, informação, aceitabili­dade e poder de pagamento no caso específico de algumas unidades sanitárias privadas.

“Pretendemo­s comparar o nível de contribuiç­ão do sector privado e da sociedade civil, nas áreas de Educação e Saúde, e as implicaçõe­s em termos de qualidade e acesso para os mais desfavorec­idos.”

Segundo Jeremias Maia, os dados recolhidos vão permitir montar uma base de dados na província, gerida pelas organizaçõ­es não-governamen­tais e as administra­ções municipais do Uíge e do Songo, que são actualizad­os periodicam­ente e disponívei­s para a consulta dos interessad­os.

Os aparelhos utilizados na pesquisa são do modelo smartphone com sistema Andróide do tipo ODK, programado para construção de base de arquivos com formulário­s de recolha de dados e criação de relatórios.

O formador Lázaro Bula informou que os aplicativo­s possuem capacidade de convergênc­ia e exportação dos arquivos gerados e que podem ser lidos através de softwares de análises.

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MAVITIDI MULAZA|UÍJE|EDIÇÕES NOVEMBRO Acção formativa reforça a parceria sólida entre organizaçõ­es da sociedade civil e as administra­ções municipais do Uíge e do Songo

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