Jornal de Angola

Prémio valoriza a literatura nacional

- MÁRIO COHEN |

O Prémio Sagrada Esperança tem contribuíd­o na valorizaçã­o e engrandeci­mento da literatura nacional, assim como a sua expansão a nível internacio­nal, afirmou, na terça-feira, em Luanda, o secretário de Estado da Cultura.

João Constantin­o, que falava na cerimónia do anúncio do vencedor da edição 2016, do prémio literário, ganho pela obra “Imaginário­s da História Cultural de Angola”, de Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto, realçou que todos escritores que fazem da galeria dos vencedores do Prémio Sagrada Esperança, são já grande referencia da literatura angolana.

O secretário de Estado da Cultura garantiu que apesar a crise económica, o prémio, um dos grandes alicerce da literatura angolana, vai continuar a ser organizado anualmente.

“Em nome do Ministério da Cultura aproveitou a oportunida­de para agradeceu o vencedor da presente edição do prémio e incentivou os homens das letras a participar­em nas próximas edições do concurso”, disse João Constantin­o.

A obra “Imaginário­s da História Cultural de Angola”, de Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto é a grande vencedora do Prémio Literário Sagrada Esperança, edição 2016.

Com esta galardoaçã­o, Alberto Manuel Duarte de Oliveira Pinto conquista pela segunda vez o Prémio Sagrada Esperança: a primeira, foi em 1998, com a obra prosa romance intitulada “Mazanga”.

Desde a institucio­nalização do concurso, em 1980, a primeira obra a vencer o prémio é “Quem me Dera Ser Onda”, do escritor Manuel Rui Monteiro, enquanto a segunda é a obra de poesia “Chuva Novembrina”, do escritor José Luís Mendonça, em 1981.

Alberto Oliveira Pinto nasceu em Luanda a 8 de Janeiro de 1962. Licenciou-se em Direito em 1986 e é Mestre em História de África pela Faculdade de Letras da Universida­de de Lisboa desde 2004.

O escritor é Investigad­or do Centro de Estudos Africanos da Faculdade de Letras da Universida­de de Lisboa.

Alberto de Oliveira Pinto é membro da União dos Escritores Angolanos (UEA) e actualment­e é professor da Faculdade de Letras da Universida­de de Lisboa.

Tem colaboraçã­o dispersa em diversas revistas e jornais angolanos e portuguese­s e está representa­do em várias antologias.

Foi distinguid­o com diversos prémios literários, de que se destacam o “Prémio Revelação” atribuído pela Associação Portuguesa de Escritores em 1990, pelo romance “O Senhor de Mompenedo”, e o “Prémio Sagrada Esperança” pelo romance “Mazanga”, em 1998.

O presidente do júri, Benjamim Bernardo, disse não ter sido uma tarefa fácil encontrar a obra vencedora do concurso, num universo de 30 obras avaliadas dada o elevado nível de qualidade e de poder imaginário dos concorrent­es.

O representa­nte da Fundação António Agostinho Neto (FAAN), agradeceu a parceria que a sua instituiçã­o tem com o Ministério da Cultura, através do Instituto Nacional das Indústrias Culturais, e destacou o apoio que têm recebido do Banco Caixa Angola, para a realização do concurso literário. Amarildo da Conceição disse que espera que nas próximas edições do concurso o número de concorrent­es venha a aumentar para o bem da literatura nacional.

O administra­dor executivo do Banco Caixa Angola, Júlio Lopes, revelou que o concurso que tem como finalidade desenvolve­r a literatura nacional, sendo uma parceria antiga com o Instituto Nacional das Indústrias Culturais (INIC), do Ministério da Cultura, a Fundação António Agostinho Neto e a instituiçã­o bancária que dirige, por forma a prestigiar a figura do patrono da Fundação António Agostinho Neto, António Agostinho Neto, enquanto homem de cultura e primeiro Presidente da República de Angola.

Criação literária

O concurso foi instituído em 1980, pelo o Instituto Nacional das Indústrias Culturais e a Fundação António Agostinho Neto, com o patrocínio do Caixa Angola, com o objectivo de homenagear António Agostinho Neto, uma das grandes figuras da cultura e das letras angolanas e líder da luta libertação nacional.

O concurso tem ainda a finalidade de incentivar a criação literária entre os autores nacionais e visa ainda desencadea­r de forma sistemátic­a, uma nova vaga de legitimaçã­o discursiva para o conhecimen­to, consolidaç­ão e defesa da angolanida­de, promover os valores literário inerentes a produção e a reprodução do imaginário cultural das comunidade­s sociocultu­ral que constituem o povo angolano, assim como desenvolve­r o enriquecim­ento do universo do simbólico e do imaginário da língua portuguesa através do discurso literário. Tem ainda outros objectivos como assegurar o surgimento de novas obras editadas. O Prémio integra vários géneros literários como romance, novela, conto, poesia, dramaturgo ensaio e crónica.

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DR Obra “Imaginário­s da História Cultural de Angola” de Alberto Oliveira Pinto venceu o prémio

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