Produção de legumes por hidroponia
Inaugurado na zona do Kikuxi primeiro pólo agrícola que usa técnica inovadora e muito segura. Um achado da ciência para uma agricultura de intensidade e produtos de qualidade, sem que para tal sejam necessários grandes investimentos em fertilizantes e tra
Numa altura em que as alterações climáticas começam a ter grande influência na produção alimentar, surge da ciência uma solução que reduz ao mínimo possível a exposição do produtor às indefinições ligadas a fenómenos como a falta de chuvas, pragas ou outro tipo de situações susceptíveis de condicionar a lavoura.
Poucos dias atrás, entrou em actividade na zona do Kikuxi, em Luanda, o primeiro pólo de hidroponia. Pelo nome (hidro…) percebe-se logo que tem a ver com água, mas a novidade mesmo é que se trata de uma técnica moderna que melhora o abastecimento e a qualidade dos produtos do campo.
Os promotores do projecto não têm dúvidas quanto ao impacto dessa técnica no mercado nacional. É garantido o fomento do agronegócio e é quase certo que aos poucos deixa de existir a necessidade de importação de alguns produtos como alface, salsa, manjericão, camomila, coentros, hortelã, rúcula, orégãos, poejo, erva-cidreira, agrião e cebolinho. Resultado de um investimento de 176 milhões de kwanzas, o primeiro pólo em hidroponia utiliza uma técnica de implantação feita através da água sem recurso ao solo. São 25 postos de trabalho directos. Com a segunda fase em perspectiva, para o mês de Abril, o número de empregos pode duplicar.
A produção agrícola por hidroponia é uma técnica que não está dependente da qualidade da exploração do solo e de fertilizantes. Faz a diferença porque permite a produção durante todo o ano, normalmente a colheita é feita em 20 dias, não depende do clima. É uma produção que está protegida de pragas e doenças.
A aposta na “Agricultura Verde” no mundo é considerada devido ao baixo consumo de água e à não deposição de adubos no solo. Inaugurado na quarta-feira, o Pólo de Hidroponia de Angola é uma iniciativa do grupo empresarial Kibabo, através da empresa Hidrobem em parceria com o Executivo e investidores angolanos.
A primeira fase do projecto foi implantada numa área de dois hectares, com uma exploração de 1.000 metros quadrados por cada estufa. A segunda fase deve ocupar 6.000 metros quadrados de estufas e vai fazer aumentar a produção dos produtos. Nesta altura, por semana, é tirada de cada estufa meia tonelada de cada produto. O projecto, futuramente, vai ser lançado em outros pontos do país.
A empresa pretende montar no local uma escola de formação, um pólo de agro-indústria com a implementação da quarta gama. A distribuição dos produtos é feita através da cadeia de restaurantes, supermercados e hotéis de Luanda.
A inauguração do projecto foi testemunhada pelo secretário de Estado da Agricultura para o sector empresarial agrícola, Carlos Aberto Jaime Pinto “Calabeto”, numa cerimónia que contou também com a presença da secretária de Estado